letra de deusa de cordas - andré teixeira
sonora madeira, prece rude entre cabrestos
soluça recuerdos decifrados em segredos
limite traçado por dois pontos cardeais
compondo buçais, na orquestração dos meus dedos
sonora madeira, quando recorro a presilha
afino as rendilhas em teu corpo de alma santa
linguagem dos matos, transpondo a voz natural
se tornando imortal, cruz no peito de quem canta
és deusa de cordas da presilha ao fiador
por ti me fiz cantor ao dar sentido e razão
entregue em minhas mãos por ter alma e vida plena
que a presilha te condena a ficar junto ao coração
sonora madeira, tens o espírito moreno
cordas de sereno, todas de alma estendida
nos claros de argola do fiador fui entender
que o bordão deve ser um cabresto que tem vida
do fiador à presilha, mora uma deusa de cordas
da ternura que ela acorda nasceu um feitiço antigo
explico a saudade quando em teu corpo se agarra
é minha alma, guitarra! que ficou presa contigo
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