letra de hoje eu vivo - agos nocivo
[intro]
uhmmmm… aaah!
agos nocivo!
hoje eu vivo, yeah!
hoje eu vivo, yeah!
hoje eu vivo, yeah!
e enquanto vivo, vivo bem
[estrofe i]
eu evitei um outro perigo e caí noutro ainda mais maior
quando viajei para nenhum lugar de veículo sem motor
onde muitos poucos fazem muito, por falta de amor
parti aos pedaços, não sou inteiro como eu do anterior
e quimicamente, o meu corpo já não se pode decompor
antes do mar as águas se faz sol, faz frio, e faz calor
por isso, mudo o que deveria ser mudado ao meu redor
sou equidistante a nota do kwanza perdi o meu valor
talvez é por não ficar apaixonado pelo o brilho da cor
já não há nada mais melhor, pois, tudo agora causa dor
até o meu perfume cheira suor, e sem aromas de flor
ao passo que vejo o melhor em sonhos mas, sigo o pior
venho de longe, não sou de hoje, nasci no meio do nada
fiz tudo para ser feliz, penso que não adiantou em nada
e celebro em versos palavras vividas desta alma ferida
que por tua fraqueza, fez de ti plateia para ser aplaudida
[refrão]
hoje eu vivo
e enquanto vivo, vivo bem
no meio destas ruas
sem paz, feito refém
hoje eu vivo
e enquanto vivo, vivo bem
no meio destas ruas
sem paz, feito ninguém (2x)
[estrofe ii]
falta, carro, gás, luz, água, cenas que tiram o sossego
fiz os meus planos, há dois, três anos, mesmo sem emprego
não vejo o que desejo, desejo o que não vejo tó meio cego
falo comigo mesmo, e com o homem que sou no meu ego
sem paz interior por esta dor plantada que nunca rego
rimas, charrua deste eu, o que eles encontram na rua
como um papa-léguas, numa linha recta sem usar régua
bué claro, semelhante à água, falo sem papas na língua
fique na tua, na minha não dou espaço, e muito menos lua
evito narrar falcatruas, no instante em que a fome actua
por isso, é que ponho cristo dentro disto, e nunca desisto
ando quase morto, à procura de confortos neste trajecto
tenho boas obras do que um arquitecto, no meu gueto
tanto preconceito, já não há respeito, é por eu ser preto
julgado pelo retrato, nessa gente que mente e fala barato
criticam meus defeitos não sou perfeito, faço o que é certo
[refrão ii]
hoje eu vivo
e enquanto vivo, vivo bem
no meio destas ruas
sem paz, feito refém
hoje eu vivo
e enquanto vivo, vivo bem
no meio destas ruas
sem paz, feito ninguém(2x)
[estrofe iii]
doravante é difícil amar, enquanto que é mais fácil odiar
tento respirar, antes de eu falar, mas, sou um sem ar
no meio deste maré de azar, onde vou em tudo que é lugar
e me livrar tipo um livro, dos que abraçam, beijam até matar
venho do gana depois de tanta gana longínquo da grana
vivo, moro naquela zona de risco, subúrbio do talatona
carente de uma ondina, já que não percebo patavina
em condições tão insanas, enquanto a mente alucina
já fiz uma semana, distante da sina, perto da esquina
onde toda gente profana, por falta de atitude humana
faço a minha parte, e deixarei o meu legado nesta arte
o coração bate, o coração parte, com o medo da morte
não me rendo antes do nada neste combate, renasci forte
isto está longe de ser sorte, crescer e evoluir sem norte
nunca tive o teu suporte, muito menos passaporte
ou um transporte, pra viajar, e cintilar feito um holofote
ãaah… hoje eu vivo
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