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letra de órfão ii - a.l.m.a. - arma lírica musical da alma

[verso 1]
havia um homem (havia um homem)
vestido de branco (vestido de branco)
na porta do trampo (na porta do trampo)
aguardando por mim
dizia que era (dizia que era)
importante e que ia (importante e que ia)
promover-me um dia (promover-me um dia)
pra tudo fluir
pros mundos naturais vindos das estrelas
eu feito de fogo em frente à multidão
era outro dia, eu de fora do éden
guardando meu sêmen
pra poder semear uma geração

[ponte]
auuum
geração

[verso 2: helibrown]
perto de casa via um homem que adquiria
almas cheias ou vazias, e num belo dia
queria a mina que pra frente p-ssaria
por um valor que nem eu mesmo daria
não sabemos o valor que temos, maldita mania
o banco reinando enquanto a alma sofria
a vida dizia: “sou fria”
portanto na hora da morte sorria
ser feliz: raro
você pode, claro
falo memo, nunca paro
não dar valor ao que sente custa caro
deliciando o inferno
é eletrizante igual benimaru
as lágrimas que você guarda
fede a culpa e minha alma tem faro
escute sua alma, amigo
verá que tanto mal fez pra ela que
dela se tornou inimigo
por isso segue mais triste que os antigo
pensa na dicotomia
quem cria dor, alegria
minha alma é santa e vadia
o memo que criou a noite não é o memo que criou o dia
se o inferno foi feito pra castigar
homem mal que não vive direito
satanás é foda
merece todo meu respeito

[verso 3: godô]
quanto tempo tem que a gente não se vê?
o que aconteceu com o que chamava de seu
tudo que importava, hoje nem faz questão
e aonde aprendeu não precisar de ninguém?
parece não ter medo do mal ou do bem
não tem medo de fazer aquilo que sonha
ou desapegar do que achava amar
nadar na praia com medo de afogar
quantos mares você teve que abrir
pra não se afogar nas dúvidas do eu
e se no final do filme ele descobrir
que perdeu tempo com algo que não será seu
vejo nos seus olhos uma convicção
do tipo que está apto a fazer confusão
e o p-ssado é só mais um detalhe aqui
confesso, é algo diferente do que já vi

[verso 4]
ei, felix
ei, felix
p-sse o mic pro a.l.m.a. que o demônio já vem
devolvendo a cura, a palidez, não me diga amém
ame a mulher mais bela, toda sensatez
eu vou de seis, repita por três, meu bem
não? hein!?
por que não criança, o que é que tem?
o que é que tem?
eu vejo o suor da sua fauna
a pauta estreita da necessidade humana
gostosa a b-c-t- da sua preta
que raiva estranha essa sua
enciumada, cheia de entranhas
se eu compro sua alma, diga-me quem ganha
diga-me quem ganha
se eu sou egoísta
e tu é egoísta
a lenda é altruísta
a sua alma é bem quista
dose de droga mista
seu nome em qualquer pista
seu nome em qualquer lista
se eu olhar pra qualquer revista, entendedeiro
toda terminação com a pessoa
o último e o primeiro, e não deus
eu sou o último e o primeiro, e não deus
eu sou o último e o primeiro, e não deus
último e primeiro, e não deus
alfa, ômega, primeiro e último, e não deus
e não deus
e não deus
e não deus, e não deus, e não deus

[saída – sample: raul seixas – “eu sou egoísta”]
se você acha que tem pouca sorte
se lhe preocupa a doença ou a morte
se você sente receio do inferno
do fogo eterno, de deus, do mal
eu sou estrela no abismo do espaço
o que eu quero é o que eu penso e o que eu faço
onde eu tô não há bicho papão
não, não
eu vou, sempre avante no nada infinito
flamejando o meu rock, o meu grito
minha espada e a guitarra na mão

- a l m a arma lirica musical da alma

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