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letra de amálgama de almas - a casa do nihil

[verso 1: nit]

alienação, vê se me erra
antigamente fazíamos fio terra
hoje vivemos na terra do fio
a câmara berra
e governa pros tio phill
enquanto a plebe clama por um neo

pra desviar dos tiro de alienação
e ser o biro biro dessa geração
salvador da pátria: morte certa
isso funciona nem em seleção
então seja uma pessoa esperta
fique com um livro, não com a boca aberta

a vida é alarmante, saia da platéia
se recuse a pagar a corvéia
ou morra antes de usar um moinho
devemos os olhos à união europeia
a vida toda é um moinho
então se recuse a pagar sozinho

seja um padeiro
mas não troque sonhos por pandeiros
diversão é bom, mas não é o início
não com lobos se fores cordeiro
o fim não é o começo, é um indício
de que drogas são um vício

se vicie em morrer
pois pra se viciar em viver
é preciso ter coragem
inda mais se você não gosta de ler
inspirar todo o ar de uma reportagem
e não parar o desenho na margem

1 cm é muito pouco
o sali- fica louco
se eu erro meu carimbo
3×8 me deixa louco
30 cm é o tamanho do limbo
e eu só penso em bingo

“artes não repete
por que desenhar se tenho internet?
pau no cu de todo mundo
eu só quero ser um nedved
ed. física é meu mundo
o resto é pra nerd imundo”

muito bem, continue -ssim
se esse é seu começo, imagina o fim
eu também já pensei desse jeito
hoje vejo como foi ruim
parece que em um caixão me deito
de tão exaustivo que é meu leito

[verso 2: h-ll]

enquanto minha mente divaga
e vaga enquanto cavalga
o coração não tem vaga
meu pensamento, um amálgama
dos olhos caem sal e água
não controlo essa mágoa
a alma queima na frágua
af-go a solidão
esqueço da decisão
não sei dizer sim ou não
registro sempre em vão
ministro sem coração
cinismo sem solução
defesa tão pessoal
eu não profano a moral
prefiro ser amoral
a hipócrita e imoral
e mesmo -ssim não sou mau
eu vim aqui pra somar
mas eu já sei integrar
eu só não sei derivar
porque limite eu não tenho
ao meu corpo não me atenho
aqui pra cima eu venho
-n-lisar o que contenho
ainda -ssim não contento
sair da grade eu tento
embora às vezes meio tonto
embora às vezes meio lento
mas eu tô sempre atento
e tô aqui ao relento
porque aqui eu reluto
meu estilo resoluto
tentam tanto e eu tô puto
tudo que eu faço me muto
e me chamam de ateu
eu não sei nem quem sou eu
nem vou saber sobre deus
mas cuida do que é teu
que eu cuido do que é meu
e cuido pra não ser réu
amargo como o mel
tanto doce quanto o feu
e mais confuso que o céu

- a casa do nihil

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