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letra de cicuta - xiva

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xiva!

[verso 1 – xiva]
me sinto como vivendo em outro estado
de consciência raro como um presente caro
que custa o impagável, de gosto intragável
no mínimo esforço, fiz do seu rap descartável
palavras não podem me expressar, nunca
o que minha alma quer revelar é bruta
por isso larguei o templo, eu tô na luta
e a labuta que me condenou é cicuta
a vida é curta, e rasante
mas e se for longa o bastante
pra se arrepender de não ter sido você mesmo antes?
mas e se for longa o bastante pra você se arrepender? (hã?)
quem não é visto não é lembrado, por isso durmo sem narco
mais insone que donnie darko
não durmo, tô sempre acordado
sou mais vivido que polo marco
meu nome na boca do sapo meu nome no bate papo
meu nome com os rato que confundem ser fraco
com ser insensível tipo draco malfoy
julgam pela capa: ele é boy, né?
posso ser rapper enquanto sou eu
posso ser homem enquanto sou deus?
posso ser homem enquanto sou eu
posso ser rapper enquanto sou deus?

[verso 2 – xiva]
eu conto meus demônios, e vocês as de cem
eu conto seus recalques e vocês, amém!
ofidioglota, as cobras aqui me quer refém
mas quem as cobras depois da eva, ninguém?
e eu tenho que brindar a cada drink
essa é minha maldição por cada cicatriz e cicatrização
por cada ideia que eu tenho e cada arranhão
metade pro sim, metade pro não
como eu vou ser espontâneo como a verdade
se meu medo instantâneo tipo a maldade?
a mente do homem selvagem criou a autoridade
a mente do homem liberto, individualidade!
e a liberdade leva pra frente, individualidade pra dentro da mente
a liberdade que leva pra frente, individualidade e pra frente!
eu devo ser…
tímido demais pra ser um mc
inseguro demais pra ser dono de si
minha mente não é só a rival disso aqui
ela é a única no caminho pra eu evoluir
evoluir, não é ac-mular a grana e ser mito
é transcender esse corpo voltar a ser infinito
cê dá conta, de ser infinito?

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