letra de lagrimas - xeg
[intro – van sophie]
sim, amor
desculpa tenho que te dar razão
vou abandonar este barco
eu não consigo
o nosso começo dá-me instabilidade e a insegurança de um fim
já não está a ser saudável
só prevejo sofrimento
é o minimo que podemos fazer
para não estragar a história que temos até agora
[verso 1 – xeg]
tivemos tudo para dar certo mas não deu e então
eu ‘tava perto do teu, tu longe do meu coração
e hoje já tudo faz sentido
o que aconteceu e o que não
mas pior que lembrar o que se viveu
sou eu que vivo a imaginar
o que poderiamos ter vivido
e o que se perdeu em vão
pessoas vêm, pessoas vão, sem grande agitação
o amor é simples
e não tem grande explicação
se a gente gosta é porque gosta
se já não gosta, é porque não
e entre nós, tantas horas que agora já não são nada
tanto amor, tanto calor, tanta paixão desperdiçada
uma união despedaçada, uma oração amordaçada
pelos silêncios que ficam de uma separação
de pessoas que se transformaram em problemas
e os problemas que transformaram as pessoas
de coisas boas que se tornaram mais pequenas
e de pequenas coisas que deixaram de ser boas
[refrão]
vem comigo para um lugar, onde eu te vou fazer chorar
com a mesma tristeza com que eu já te fiz rir
com que eu já te fiz vir, com que eu já te fiz pedir
pra que eu nunca te deix-sse, mesmo depois das discussões
anda vou-te levar de mãos presas sem ilusões
sem certezas nem razões, sem defesas nem opções
de um mundo tão profundo, tão profundo, tão profundo
que nos afogou aos dois
[verso 2 – xeg]
eu perdi-me tanto em ti, que nunca me encontrei depois
quando me tentei encontrar já só encontrei os dois
entre dois lençóis suados, presos em dois anzóis cruzados
acesos como dois sóis, iluminados por dois feixes de luz
eu hoje peço que te deites e depois feches a luz
mesmo a chorar que aceites que há uma força
que nos conduz e nos destrói
que nos reduz e que nos rói
não produz já só nos mói, eu e tu já só nos dói
foi um historia sem heróis, nem guerreiros idolatrados
numa guerra sem vitória, fomos os dois derrotados
numa terra inglória atrás de dois portões cerrados
onde juntos com as memórias fomos os dois enterrados
hoje as lágrimas molham as páginas
de um livro que eu nunca te escrevi
pois eu sinto que depois de ti já não sinto, só finjo
como fingi aquele sorriso da última vez que te vi
[refrão x2]
vem comigo para um lugar, onde eu te vou fazer chorar
com a mesma tristeza com que eu já te fiz rir
com que eu já te fiz vir, com que eu já te fiz pedir
pra que eu nunca te deix-sse, mesmo depois das discussões
anda vou-te levar de mãos presas sem ilusões
sem certezas nem razões, sem defesas nem opções
de um mundo tão profundo, tão profundo, tão profundo
que nos afogou aos dois
letras aleatórias
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