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letra de lamber o cimento que dela for - woner

[verso]
vou flutuar á volta da tua cabeça
os meus lábios estão estragados
nervos à flor da pele
deixo a calma em cima da mesa
a consciência fala eu vou beber ver se ela se perde
no céu desce as nuvens e eu continuo parado
à espera que algo gigante aconteça
deitado, pensamento amargo
que trago nos meus ombros
com a ponta dos dedos
tentar tocar em sonhos
(inaudível)
eu sou mais nada que a tua inexistência
deixa que desapareça
só estou á espera que adormeça
sobre o pavimento
sobre o pavimento tão doce
rebuçados são os que ainda me faz lembrar berlindes com os quais brincava
foda-se mas hoje já nada vai voltar
para além da súbita vontade de vomitar
o prazer que tenho em me magoar
o quente hábito de me fechar
a já tão conhecida vontade de acabar comigo próprio

[refrão]
só tu não vês
somos tão iguais
foda-se
somos tão iguais
ah
e eu não sei pelo que espero mais
somos tão iguais
somos tão iguais
somos tão iguais
somos tão iguais
não sei pelo que espero mais
somos tão iguais
somos tão iguais
olha como és quando vais
somos tão iguais
somos tão iguais
somos tão iguais
não sei pelo que espero mais

- woner

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