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letra de selva de panos - vulto.

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[intro]
do começo, do início, do princípio, do zero
não sabia, era muito mais giro assim
farto… mais uma beata
…destes estúpidos que me rodeiam
‘tou farto de escrever
estes demónios
sim tá bem

[verso]
levito os ossos da cama
hesitando por todo o húmus que me rodeia
um dia dê fertilizante
há mais de uma semana que ando com este sonhos de campa
agora sim ’tou em paz, descansa
isto é ortopédico (sim)
caixão de colchão se não alcançar o outro prédio
preparado para a cova, sábio, morto, prévio
sádico, francisco escuta o que dizem é credível
não descubras o que digo
estranho, se não fosse isto era terrível
como o espelho de egoísmo e a sonoridade do temível
safoda a sobriedade noutra dimensão belisco-me
fora do protagonismo
redijo em fulminantes ataques de sonambulismo
meia barra, basto
dormi anos no modo cacilhas com a pestana a meia haste
cegueira de hash interna
eles acharam que um gajo hiberna
mas querem saber o que eu acho? (aaa)
eu acho é merda, não há globo ocular
quando a minha pupila lidera
buraco negro punchline, braço e perna
assim que este ácido se liberta
acordei de sobressalto depois de criar um universo com merdas a gritar para eu parar de sonhar alto (pára!)
mais um paspalho se atravessa no fundo, não me interessa
se te fumo acho que foi só mais um parpalho
cuspo estripe de seiva
sombra, bem dito sejas
não sei como se diz
c’o único beck que fiz
ouvi o que produziste
entrei no espaço e fiquei bué feliz
contrariar a gravidade a mandar uns backflips
em plena sopa química (achas?)
eles queriam asas? a pena é toda minha
cedi alérgico a esses f-gs
disléxicos fetos enquanto eu troco os produto dietéticos
tão doce nas palavras, seus bulímicos diabéticos
eu vim picar deixar marca pa’ ’ter a bota
há muito com o secta na marcha
vi a tropa toda bater a bota
com todo o meu talento efémero
a decapitar cabeças partir rádios e fémur
alguém que me faça o rescaldo
nervos à derme da escalpe (juro)
faço com que todo o material em pleno inverno escalde
narinas no asfalto que me corroeu todo o esmalte
espero que haja mais um resto pa’ levar o resto dos meus males

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