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letra de aquilo que vês em baixo - vulto.

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[verso 1]
visto uma armadura invisível
convido-te a disparar eu juro que nada me atinge
adoro o people que quis
meter os pés no meu concerto e ainda finge
que percebe aquilo que eu digo
eu não sou profundo nem nada
mas também não nado na superfície de lixo
onde esses putos espetam a cara
tenho malabarismos, tiro cavilhas a granadas
decapito manadas de centauros
dou pontapés de bicicleta e reanimo o ângulo morto
sou poeta por desporto
a minha caneta atravessa os zorros
juro que dou um sentido inverso ao globo
yo alô sou o tetas
flow e letras sem caneta
molho a pena na merda mais venenosa do planeta
e começo
rezo pa’ que deus não seja o tipo de barbas
se assim for diz-me maldito que ardas no inferno
pois mereces
(e agora é que vem o stress)

[verso 2]
desde que me lembro escorrego pela espiral do caos
e ainda assim olho para baixo para ver o teu auge
rasgo a carne dos fracos
hiphop português em cacos
mastigo o vidro, gasto o fim do mês em sacos
bumba comigo e diz-me a quilo que vês em baixo
a minha sombra cobre roma
ao ponto desses conas sofrerem fotossensibilidade
esse profeta não previu essa, sylvester stallone
não é o mesmo fora das câmaras
à frente do viet cong
ah puta da tua clique
quantos teste de gravidez fizeste
depois de ouvires as minhas rimas
somente neste semestre
cuidado pode nascer com 7 cabeças still
e por mais que tenhas é normal que careças sk!ll
repito: sou o tetas (tilt)
aquele que entra
eu vim p’o rap para tirar a placenta
desses fetos subnutridos
e metê-los na ementa
da página que ninguém experimenta
ao lado do spray pimenta
cimenta a tua massa cinzenta
passa-me essa merda
fumo me’mo que não seja erva
sou uma pedra que celebra
tudo aquilo que ela inventa
mesmo que isso não seja népia
uma estrela prestes a morrer aqui na mancha negra
como uma supernova
e este pó entre a letra e a caneta
eu juro que é pólvora

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