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letra de alento // relento - vorm (prt)

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[letra de “alento//relento”]

[verso 1]
a praga já se espalhou de máscara branca, vendetta
vou apenas ficar lá na minha banca a vender-ta
come a s-m-nte até que a tua pança rebenta
na boa, se pingar herança é gorjeta

e se vierem os soldadinhos da corneta
é survival one a one, não há amigos no planeta
inimigos públicos, chibos pútridos gajos fodidos
vivem todos no mesmo sistema da sarjeta

é assim que se vazam bolsos e se encham cinzeiros
e assim que se enchem fossos, sobrevivem coveiros
se fodem rivais e se criam parceiros
um gajo empurra nesta vida pra que não caia primeiro

não caia primeiro só pra não perder faceta
tropa se eu escorregar da banca eu encontro-me sem meta
ao relento a repensar e recuperar o fôlego e o alento
eu vim pra marcar nem que seja caras com o talento

enquanto gajos cospem no mic, como o vento
a vossa sk!ll é hocus pocus, comovente
sou muito hostil, ‘hoc est corpus’ sem movimento
és tão fútil, wakisashi pelo ventre
escória escassa de dotes, caninos sem dentes
dediquem-se à meterologia se pretendem passar o tempo
só há focos pelos trocos, és free k!ll em andamento
comprem blocos de sudoku se procuram passatempos

encho bolsos e enterro as calças a fugir ao fisco
e nisto tornei-me um edward teach
tornei-me um artista misto? fixe

eu sou true, venhas com crew ou só tu mano
a grudar mãos a mandíbulas e aos tímpanos
real da epiderme até ao tutano
a tentar ser mais um clássico como os tazos da matutano

seja em 2step ou em vinil, malhas novas, mesmo pano
fazer da vida música e o contrário a cada ano
talento afio, esforço e brio, puta que os pariu
a todos os que não viram cacau e saltaram do navio

sempre em pé como um para-raios, eu não caio
esta merda é certa como chuvas depois de maio
verme não é mole, é quitina e não lacaio
concentrai, 45 tá na casa, boy tu põe te no ca…

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