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letra de fora do eixo - vinyl rap

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[intro: nutzz]
vinyl rap
representando a zona sul, zona norte
zona leste, zona oeste de curitiba, certo!?
a capital do paraná vive o rap, cês não tão ligado
contraste
por toda a desigualdade social
por toda segregação racial

[verso 1: nutzz]
meu senso crítico alto, mítico, calo os pato
no ato do palco em bom tom e som
me importo com quem se importou e só
sem pena, a cena a minha banca furtou sem dó
vinyl faz melhor que o melhor
surdo é cego dos ouvido, já dizia a minha vó
referência de raimundos, charlie brown, jorge ben jor
muito p-sso dado
no rap eu tenho a formula, eles buscando resultado
um conversível blindado e um 38 em cima do armário
claro, descansa um bandido aposentado
respeitar lei não é mais ética política
e a proibição das drogas é maléfica e mortífera
mas ninguém sobreviverá
então que se foda a porra toda
torrar o mundo numa blunt de uva, tomando coca
prazer, homem moderno, não mato a sede com água
eu quero o céu, cansei do inferno, mas nem sei se ainda tem vaga
mas nossa ideia ainda propaga
pra bom entendedor meia punchline já basta
é, eu tô sem tempo pra reaça
arte monocromática, sem cor, sem lei, sem raça
vaza cabaço, que faço estrago sem espaço
sem gastar cash com maço, ela mexe, não faz descaso
dô um p-sso pra frente e laço ela, encaixo ela no comp-sso
um pedaço da minha session é um traço a lá pic-sso
yo no soy pablo

[verso 2: geaga]
e nem te falo, estoy virado, bolso zerado
e não me ouça se teu voto é bolsonaro
complicado é espaço, é embaçado, eu embaço
me chame de arquiteto, ó o que eu fiz com esses comp-sso
sem dar brecha me queixo, upper no queixo
isso daqui é rap do sul, não ouviu porque é fora do eixo
cem festas e esqueço, se ela me pede eu deixo
isso daqui é dois pé na porta, e a responsa eu bato no peito
complico igual achar suspeito, conflito por espaço aceito
respeito nas casa eu quero, pra bali hai ó meu dedo
caguei pro teu teto n0bre, pro tamanho do teu espaço
eu vou transformar isso num circo já que trato igual palhaço
muleque que traga as suas bagas
mais rap que tu evita as vaias
acerte que o respeito é mérito e em débito no meu registro sem falhas
foda-se esses meritocrata
“que espaço é só pra quem trabalha”
até que eu aceito o que é ético, céticos pensam em jogar a toalha
meu conflito interno, nem peguei no caderno
veja, a terra é o inferno
veja quanto que falta pra acabar o mundo, com temer, trump e seus governo
mas já sei o que quero, vou levantar dinheiro
crescer igual coqueiro, fundar um puteiro, escolher umas vítimas e intimar o melhor coveiro

[recorte: paulo henrique amorim]
a cl-sse média não foi para as ruas por causa da corrupção
a cl-sse média foi para as ruas com medo de o filho da empregada tomar o lugar no emprego do filho da madame

[saída]
o meu contraste tá no espelho
o meu contraste tá na veia
o meu contraste é traço feito
agora tá na tua cabeça
o meu contraste agora aceita
o meu contraste tem respeito
o espaço é nosso, curitiba
aqui é o vinyl fora do eixo

[recorte: paulo henrique amorim]
se a cl-sse média tivesse de fato ódio à corrupção
a avenida paulista estaria engarrafada desde que esses golpistas -ssaltaram o poder

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