letra de prólogo - les misérables - victor tavares
[prisioneiros]
ah hah, ah hah, ah hah
ah hah, ah hah, ah hah
ah hah, ah hah, ah hah
ah hah, ah hah, ah hah
o olhar no chão
sem nunca encarar
o olhar no chão
aonde acabará
[prisioneiro 1]
o sol no céu
nos queima pra valer
[prisioneiros]
o olhar no chão
até você morrer
[prisioneiro 2]
eu nada fiz
jesus, vem me ajudar
[prisioneiros]
o olhar no chão
jesus não vai ligar
[prisioneiro 3]
e ela, eu sei
fiel a mim vai ser
[prisioneiros]
o olhar no chão
vão todos te esquecer
[prisioneiro 4]
quando eu fugir
irão seguir
sem me achar
[prisioneiros]
o olhar no chão
sem nunca encarar
[prisioneiro 5]
quando é, meu deus
que isso acabará?
[prisioneiros]
o olhar no chão
pra sempre escravidão
o olhar no chão
em que te enterrarão
[javert]
tragam o número dois-três-seis-dois-três
condicional
agora é sua vez
sabe o que é isso?
[valjean]
sim, que livre sou
[javert]
não! o passaporte
não concede perdão
é um ladrão
[valjean]
só por roubar um pão
[javert]
roubou um lar
[valjean]
a janela eu quebrei
a minha irmã tinha um bebê
passando fome
[javert]
mais fome vai passar
se for seguir desafiando a lei
[valjean]
são dezenove anos já que fui
escravo da lei
[javert]
catorze por fugir
são cinco só pelo que fez
sim, dois-três-seis-dois-três
[valjean]
meu nome é jean valjean
[javert]
e eu sou javert
meu nome lembre bem
de mim se lembre
dois-três-seis-dois-três
[prisioneiros]
o olhar no chão
pra sempre escravidão
o olhar no chão
em que te enterrarão
ah hah, ah hah, ah hah
ah hah, ah hah, ah hah
[valjean]
livre, enfim. o vento vem
vou respirar mais uma vez
e olhar o céu
o mundo acorda
água outra vez poder beber
e o que eu passei não esquecer
nem concedê-los perdão algum
são os culpados… cada um
o dia vem, vou receber
o que esse mundo oferecer!
[fazendeiro]
vou te pagar
e então terá que partir
recolha seus pertences e
se mande daqui
[valjean]
você paga aos outros
um valor maior!
essa esmola não
paga o meu suor!
[trabalhador 1]
quebrou a lei
o passaporte já diz
não vai ganhar igual
pois crimes eu não fiz
[valjean]
nenhuma porta vai se abrir
o mundo é como a prisão já foi pra mim
qualquer cidade que eu vou
no passaporte
levo a marca de caim
vejo medo em cada olhar:
“vá para outro lugar”
[esposa do estalajadeiro]
aqui lotou e não sobrou mais jantar
eu bem que gostaria, mas não posso ajudar
[valjean]
eu só quero dormir, no celeiro, que tal?
pago adiantado, eu não sou animal
[estalajadeiro]
não fale mais, senão você vai pagar
pois todos obedecem a lei no meu lar
[valjean]
e então ser livre é ser assim
um carcereiro atrás de mim
essa é a lei!
esse pedaço de papel
me dá uma vida tão cruel
essa é a lei!
sem ninguém, nada restou
um cão é o que eu sou
[bispo]
esta casa é teu refúgio
e será bem-vindo aqui
saiba que não temos muito
mas podemos dividir
te ofereço nosso vinho
e partilho o nosso pão
aqui vai ter uma cama
descansai da aflição
[valjean]
me deu o que comer
e partilhou o pão
mas essa prata vale
mais do que eu ganhei
nos dezenove anos
de escravidão
mas confiou em mim
se confiou em mim
e achou que fez o bem
eu lhe agradeci
e agi como convém
mas ao se recolher
eu logo levantei
com a prata
escapei!
[guarda 1]
conte a ele sua história
[guarda 2]
vamos ver o que ele diz
[guarda 1]
esse bispo te abrigou
[guarda 2]
pois ajudá-lo ele quis
e ao ver o teu estado
e por compaixão de ti
[guarda 1]
de bom grado deu-te a prata de presente…
[bispo]
isso aí
sua pressa foi tamanha
que você deixou pra trás
esses meus dois candelabros
eles valem muito mais
ele fala a verdade
podem já lhe libertar
agradeço sua ajuda
deus vai lhes abençoar
disso nunca se esqueça
nada ocorre sem razão
use agora esta prata
pra tornar-se um bom irmão
pelo corpo e pelo sangue
deus te afasta dos teus breus
o seu coração é dele
tua alma é de deus!
[valjean]
o que eu fiz?
jesus, o que é que eu fiz?
virei só mais um ladrão
virei um cão infeliz
às trevas eu sucumbi
será que é tarde demais?
e nada restou, só meu ódio voraz?
meus gritos que não vão nunca escutar
e aqui estou com o tempo a passar
se há outro jeito de seguir
há vinte anos eu já perdi
a vida era guerra sem ter amanhã
um número deram, matando valjean
condenado à escravidão
por roubar um pedaço de pão
mas por que é que eu deixei
o bispo me falar de fé?
ele tratou-me como amigo
em mim confiou
me deu abrigo
diz que minha alma dele é?
por onde eu vou?
odeio esse mundo pois
o mundo sempre me odiou
eu só guardo rancor
pelo o que eu passei
isso é tudo o que eu tenho!
isso é tudo eu sei!
mentiu por mim por que razão?
uma palavra e era prisão
mas me oferece liberdade
eu sinto a culpa em mim a me cortar
diz que é de deus meu coração
será, então
que deus irá me abençoar?
será que tenho opção?
tento enxergar a luz
com as trevas a cercar
no vazio que há em mim
só pecado a dominar
esse mundo não tem mais
um lugar pra jean valjean
jean valjean tem que morrer
para outra história começar!
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