letra de amazônia vive #3 - ver-o-som studio
[verso 1: daniel adr]
quebrei correntes que me prenderam séculos atrás
não tô pra competir esses caras são fracos demais
pisando nas nuvens, granas pra todos os meus iguais
quebrei zuckerberg minhas linhas tão valendo bem mais
quentes tipo henessy, criando como gênesis
só canto o que eu senti, senão não estaria aqui
amazônia vive, mas é sobrevivente assim como eu
faço parte da terra, e não a entregarei para kátia abreu
yah yah, traidores são vistos como heróis
hey, hey, mas isso eu disse em outra letra
yaal, suas ameaças não calarão nossa voz
hey, hey, meu bonde armado: fuzil e caneta
eles queriam que eu tivesse na boca de fumo
prisão ou caixão era o meu futuro
voando tão alto que não vão me enxergar
trá-trá-trá, balas não vão alcançar
eles queriam que eu tivesse na boca de fumo
prisão ou caixão era o meu futuro
voando tão alto que não vão me enxergar
trá-trá-trá, balas não vão alcançar
[verso 2: moraes mv]
amazônia vive aos olhos de quem?
amazônia livre aos olhos de quem?
amazônia vive aos olhos de quem?
amazônia livre aos olhos de quem? (yeah)
de drogas do sertão até crime urbano
genocídio indígena aos seringais
sangue preto na quebra segue sem engano
peço forças para meus ancestrais
foi prédio de borracha pra seringueiro
hoje é asfalto verde só pra fazendeiro
área protegida? não pra madeireiro
o verdadeiro dono vive em cativeiro
la belle epoque, látex
na parisiense amazônica
ontem casarão, hoje triplex
percebo tua base econômica
tu não entende o meu valor
só minha riqueza te interessa
tu não cuidou de quem deixou
é a ganância que te cega
o trampo foi caro, me deixe em paz
teu troco é barato, me pague mais
teu trono é mentira, não satisfaz
o topo é mentira deseje mais
afroamazônia no embate
pro abate nós é estardalhaço
rap molotov na casa grande
eu sou fogo no brigue palhaço
[verso 3: bené]
dê de césar o que é de césar
eu ofereço minha irá
busquei reduzir alguns danos
com danos congelei feridas
não entende de onde em vim
viole os passos, não me siga
roubei suas visões, ambições
criando na guerra, machida
ao trono nasci na limpeza
vivendo um corre mais sujo
por uns não enxergo a clareza
é que eu me perdi no escuro
apostei caro e acredito
cientes que não volto atrás (mostra pra esses cu como é que faz)
falam que meu som não tem letra
é que eu jogo no contra-ataque
uns correm por grana e b-c-t-
eu fazendo o corre mais craque
enquanto um centavo não resta
eu peço que não demore
que ultimamente o azar
é que tem sido minha sorte
não sabem da gente
não sabem de onde viemos
mais visão pra onde vamos
e tudo que nós já vivemos
e os corres que nós planejamos
enfim nos tornamos a lei
(pode falar, pode falar )
da terra nos tornamos reis
[verso 4: ruth clark]
no coração da amazônia
a visão cruel e deserta
de futuro de poucos anos
sangue deles derramado, mano
quem desmata, mata
o mar quase morre de sede
o dólar é verde
as cores mais forte que a [?]
yeah, yeah
cidade das mangueiras
metrópole da amazônia
capital do meu pará
400 anos de história
400 anos de escravidão, de escravidão
400 anos de escravidão
yeah, yeah
o pará no topo do mapa da fome no brasil (no brasil)
na quebrada, os corpos de farda e fuzil (foi os teus tios)
sua inveja não vale de nada
sua riqueza eu nunca quis
intervenção militar só vai ser bom pra branco macho cis
[verso 5: xico]
aí respeite o norte, terra de caboclo
não mexe, te faz de doido
égua não é mula
não se segura, pula
filha da puta me julga de escroto
de perto quer babar meu ovo
mas já tô ligado quem é verdadeiro
me fingi de morto pra fuder o coveiro
se tirar barato, pega no joelho
meu bairro é sinistro, subiu o homicídio
meu rap querido, não entra em declínio
meu hino tem só um caminho
também me inspiro no s-xto sentido
só canto o que sinto, assim me permito
me sinto mais vivo, meu rap é um livro, é minha raiz
crise mental, nosso país
governo ausente, o povo não entende
esquerda ou direita não anda pra frente
na febre é quente, atrás do real
bagulho é doido e num é tiro de sal
hey, nós é nova era se infiltrando
matando esses pastores que têm, planos satânicos
tipo o bee-boy que nunca perde o gingado
e o rosto até sorri e o coração tá magoado
hey, puro descaso com os pés descalço
marcando minhas pegadas nesse quente asfalto
eu quero o verde da amazônia
mas só vejo o vermelho na perifa
lágrimas de mãe
aqui chove todo dia…
(égua e foda-se)
[ponte: bruna bg]
meus irmãos chamados pra batalha
se depender de mim essa corrente nunca estrala
é nossa vez, vejam vocês nossa missão
nós vamos defender até que não haja mais chão
[verso 6: bruna bg]
mano, eu sou marajoara
vim defender esse chão com os irmãos
terra sagrada, amazônia sugada
ela não nos pertence
ela dá nosso pão
sociedade involuída
progresso suicida desmatando toda a vida
cês não querem uma saída
só querem a riqueza não pensam se for perdida
escuta o ranger da moto serra
genocídio acontecendo na terra
dorothy stang em anápo, quem se lembra?
lutou por muitos e morreu na guerra
essa mata é sagrada, vocês não respeitam o nosso lugar
não é pra assassina-lá
tiram demais esquecem de cuidar
quantos animais em extinção? vocês dizem que é evolução
na sua visão
quero ver quando não tiver nada
cês vão perceber que tudo foi em vão
amazônia vive
essa terra se aguenta tentando te aguentar
gritos aflitos
sendo ocultos pela morte de todos desse lugar
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