letra de ainda há tempo - valete
ainda há tempo pa’ seres tu e deixares essa rotina
sentires o futuro que ilumina, fazeres a tua sina
ainda há tempo para viveres ao impulso da adrenalina
ver como germina a alma de quem ainda sonha
ainda há tempo
pa’ voltares atrás e dizer-lhe que a amas
dar-lhe a chama do sentimento que inflama
dar-lhe cada palavra que a tua paixão derrama
ir até ao nirvana levitado pelo amor
ainda há tempo
de dizeres que ainda há tempo
de acolheres o momento e partires com o vento
p’ra onde não há tormentos, não há dor nem lamentos
apenas o intento de voltar a viver
ainda há tempo
pa’ tu seres tudo aquilo que sonhaste
recuperar o que abandonaste e o que fantasiaste
ser o homem que abdicaste quando veio a descrença
e de ser a tal diferença que tu receaste
(ainda há tempo)
ainda há tempo, mano, volta para trás
vem viver a vida que é tua, sai desse alcatraz
sai dessa rotina que te extermina
vem sentir e viver ao impulso da adrenalina
(vem)
ainda há tempo, mano, volta para trás
vem viver a vida que é tua, sai desse alcatraz
sai dessa rotina que te extermina
vem sentir e viver ao impulso da adrenalina
ainda há tempo para eu ir a áfrica sentir o meu povo
ajudar a impedir que áfrica morra de novo
dizer a cada criança sem fraquejar
que ainda há tempo pa’ sorrir, ainda há tempo pa’ sonhar
(ainda)
ainda há tempo pa’ voltarmos a nascer
com outro coração, com outra forma de ser
outra forma de sentir os outros que no fundo são teus
e de proteger o mundo porque já não há deus
(já não há)
tempo é vida e enquanto há vida há tempo
não há vida sem tempo, não há vida sem felicidade
não há tempo contado, se tens vida não tens idade
não interessa a tua idade, a vida dá-te eternidade
dá-te juventude eterna pa’ teres momentos eternos
luas fraternas nas tuas noites de inverno
mano, semeia o fruto onde o teu sonho vive
ainda há tempo para tudo, ainda há tempo pa’ seres livre
ainda há tempo, mano, volta para trás
vem viver a vida que é tua, sai desse alcatraz
sai dessa rotina que te extermina
vem sentir e viver ao impulso da adrenalina
(vem)
ainda há tempo, mano, volta para trás
vem viver a vida que é tua, sai desse alcatraz
sai dessa rotina que te extermina
vem sentir e viver ao impulso da adrenalina
dedicado ao meu negro borges. a primeira parte do som é p’ra ti mano. lembras-te, nós éramos putos e dizíamos que não íamos ser como os nossos pais. só íamos ser as merdas que sonhávamos ser. tu querias ser ator mano, tinhas talento. toda a gente dizia
agora ‘tás aí enfiado nesse escritório. ‘tás vazio, ‘tás decadente. a viver a vida dos outros. já não há luz nos teus olhos negro. eu já tive essa vida. acordar cedo, trabalhar sem prazer, ir p’ra casa, dormir, voltar a acordar cedo pa’ trabalhar sem prazer. isso mata um gajo man. vida é felicidade. volta pa’ trás, diz à lúcia que a amas. caga no orgulho negro. ainda há tempo pa’ seres livre. um só caminho
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