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letra de madrugada - twoclok

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[verso 1: perdidão]
madrugada tá tensa e eu
tô gripado de moleta, uns remédio no bolso guardado
endolados me trazendo cédulas, entre belas e feras e
guerras e flores, não
não é fácil esse trajeto não
você olha vê a adaga e não vê o leão no chão
ao meu redor uma pá de hiena no aguardo
esperando a minha queda pra comer da minha carne
vai morrer nas cataratas do iguaçu
nos lábios não vai mastigar um pedaço se quer de mim
tô preparado de sniper com kennedy na mira
várias dose de tequila, noite fria de cor cinza
neblina encobrindo a via, meta anfetamina amplia
sua retina nas esquinas, meninas de mini saia
ganhando a vida… segue os p-ssos
sob as calçadas dessa pequena metrópole é
mole se envolver, todos tem seu corre
volte e meia mexe vira um corre, rola até um boxe
madrugada oxi, cocaine, doce, privê
parece que a mais linda hoje não quis aparecer
tudo bem, tudo tem, hey
tudo depende de quanto tu tem
simpatia é comprável com bens e money
não falhei, quando falei sei bem quem
anda na linha é esmagado pelo trem

[refrão: souz apologia sul (2x)]
madrugada fria, rimas almas tão vazias
trago inspiração correndo atrás
se ainda há neblina
sorria, uma luz no fim do túnel e eu corro atrás

[verso 2: twoclok]
sentindo frio não importa a estação
na cidade onde não tem metrô
busão lotado e só frustração
e a cada ponto que p-ssa o que sobe é o vapor
zero graus, no capuz reflete a luz da lua olhe o nível
se isso tudo é tecido, nada é impossível
ainda mais na madrugada onde o fraco se sente imbatível
e eu sigo na sombra
tentando versar que nem bk, desviando castelo em ruinas
e a cada p-sso dado eu me pergunto
se eu moro no brasil ou palestina
no soro morfina
governo que me vende doença mas que proíbe a vacina
mata quem trabalha no hospital, joga do edificil
depois joga na cara que tudo à minha volta vira ospício
esquinas me lembram uma boate, é clichê
vagabundo que só late, é o que?
quando chama de biscate na hora do combate
nem todos os quilate vão te dá o prazer
pelas 4 da manhã na rua eu vejo briga
pelas 5 aquela só tropeça com as amiga
e a conclusão: madrugadas tiram o pior de mim
o pior de nois e nunca tem fim
enquanto o papelão encobre aquele que cês julga de vagabundo
sem saber o tamanho desse mundo
meninas naquela esquina, meninos naquela esquina
90º de maldade!
e as minoria é a cidade, te engole sem te dizer a metade
e se acho forte demais? cês não é pário pra nois
e não tá pr-nto pra paz, nem pro diferente
cês matam o que tá fora mirando no que tá dentro
e o que fica é só o pente… o que fica é só o pente

[verso 3: perdidão]
vários aperto de mão, pouca sinceridade
quanto cê tem no bolso, é sempre o que vale
conheça o oponente, conheça a si mesmo
e o resultado é a vitória
mãos à obra, se esquive dos cobra que
nos fazem de, m-ssa de man0bra
pra que suas contas só aumentem notas ó
vê se nota que na sua volta
só não alcança quem se enrola e o que p-ssou já não volta mais
não ancore o navio no cáis da acomodação, não
andando eu vejo jornais papelão aquecendo
o leve tocar do sereno na pele
mulheres e homens querendo calor
carros e motos a todo vapor (todo vapor)
depressivos à procura de uma cura
luz do poste, brilha, hoje não teve lua
as ruas são sombrias e não tem
ursinhos carinhosos com a magia do bem, tem
coração gelado, tem laurinha, tem malvado
tem sorrisos falsos, falsos abraços, sete pecados capitais
no interior e também nos campos gerais

[refrão: souz apologia sul (2x)]

[ponte: souz apologia sul)
vou, pra onde o vento soprar
focar em ser no que estar
consciência no céu
mas nunca estarei parado no mesmo lugar
vou pra bem longe
de tudo aquilo, que não é bom pra mim

[refrão: souz apologia sul (3x)]

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