letra de cruzes - tribo da periferia
[verso 1: duckjay]
não demorou pra entender
tampouco pra dizer
mas o silêncio não comete erros
deus manda a chave pra viver
memória pra esquecer
e os bons momentos continuam presos
na vertical eu vi o sol refletindo no mar
na horizontal eu vi as cruzes e o mar de revolta
não vi a escola que machuca e te fez chorar
mas na ferida vi as lágrimas que faz escola
how, lugar pra coração de quem não chora
pra quem sabe espantar decepção com uma pistola
eu bem queria ser agora um pouco ignorante
saciar meu ego com carro, puta e diamante
queria só um instante me sentir mais resistente
e encarar de frente essa vida sem recorrer aos pente
joelhos sangrando e os inimigos seguem tentando
minha derrota é um sonho, mas mentirosos nunca ganham
ha, não foi à toa vários anos de luta e minha conduta
jesus cristo me capacita pra qualquer disputa
ô pl-n-lta, que escola de louco
onde o rosto do inocente se reflete no esgoto
promessa de delinquente, a vaidade corrompe a gente
né não? pistola e microfone na mão, que punição
a cruz da indecisão antes fosse a escolha da profissão
engenheiro ou cirurgião, mas não
ó lá o pivete, seus problema, de coração bom
sem saber se vale a pena, ha
sem escola, sobrou o louco da cena
pistola, maconha, crack, revolta, cadeia, algema
o sofrimento me ensinou tudo que sei
eis aqui o duckjay…
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