letra de folhas de outono - subverso (prt)
[verso 1]
caminho pelas ruas a olhar no vazio
perdido no rodopio dum desvario
balbucio comigo palavras sem sentido
num estado doentio, escorregadio
pergunto-me, há quanto tempo não sorrio?
tenho frio nestes tempos de estio
quem me dera acender o pavio da alma
com uma centelha de luz que me trouxesse calma
trôpego, tropeço no meu próprio passo
o fôlego perco no meu próprio encalço
fujo de mim, como o diabo da cruz
mas sou eu o carrasco por trás do capuz
pânico, travo um interno duelo titânico
fecho o mеu eu castrador no subterrâneo
enclausurado num alçapão do mеu crânio
aprisionei um medo ou um seu sucedâneo
[refrão]
perdi o tempo na encruzilhada da vida
trago a solidão embebida em melancolia
e meus densos sentimentos congelados pelo frio
nada diferencio, é total o silêncio
numa noite ao relento
nada tenho, ‘tou sozinho e vazio por dentro
mantenho-me acordado apesar de ter sono
até cair lentamente como folhas de outono
[verso 2]
já não aguento este tempo cinzento
lamento, mas ‘tou a chorar por dentro
é melhor parar um momento senão rebento
interiormente estou um autêntico mar turbulento
ouço o sopro do vento, uivos tenebrosos
sinto rajadas que me gelam os ossos
que me fecham os olhos, apesar dos esforços
p’ra sair deste fosso cheio de destroços
fantasmas, entre outras figuras macabras
queria evaporá-los por abracadabra
imolá-los por combustão espontânea
e de súbito acordar desta ilusão momentânea
deste saudosismo, tanto fatalismo
fará isto parte do meu portuguesismo?
nestes dias escrevo nas paredes do abismo
faço exorcismo ao meu lado mais sinistro
[refrão]
perdi o tempo na encruzilhada da vida
trago a solidão embebida em melancolia
e meus densos sentimentos congelados pelo frio
nada diferencio, é total o silêncio
numa noite ao relento
nada tenho, ‘tou sozinho e vazio por dentro
mantenho-me acordado apesar de ter sono
até cair lentamente como folhas de outono
[verso 3]
depressivo como um domingo sombrio
com chuva miudinha e densa neblina
se há coisa que mexe comigo é o clima
que transporta o calafrio que me torna vazio
cheio de nada, necessito de uma lufada
de ar fresco que me bata como uma bofetada
bem dada, em cheio na minha cara
cansada, pesada, tapada, pela barba
um destes meses ainda me olho ao espelho
ganho coragem e vejo se estou mais velho
já não sou o fedelho com o rosto vermelho
curioso, ofegante, a meter o bedelho
sinto-me outro no modo como me movo
o conselho do povo seria: “mantém-te novo”
então eu solto a criança dentro de mim
sinto o cheiro no ar de flores de jasmim
[refrão]
perdi o tempo na encruzilhada da vida
trago a solidão embebida em melancolia
e meus densos sentimentos congelados pelo frio
nada diferencio, é total o silêncio
numa noite ao relento
nada tenho, ‘tou sozinho e vazio por dentro
mantenho-me acordado apesar de ter sono
até cair lentamente como folhas de outono
perdi o tempo na encruzilhada da vida
trago a solidão embebida em melancolia
e meus densos sentimentos congelados pelo frio
nada diferencio, é total o silêncio
numa noite ao relento
nada tenho, ‘tou sozinho e vazio por dentro
mantenho-me acordado apesar de ter sono
até cair lentamente como folhas de outono
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