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letra de o rap nasce connosco - subtil

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[refrão]
cada traço no papel, cada bafo no mel
cada desabafo que eu atropelo
é como um elo de ligação
na comunicação a um mundo paralelo
cancelo a viagem a aragem não tem aquele toque singelo
toque singelo
é como a camuflagem desse sorriso amarelo, sorriso amarelo

[verso 1]
anda tudo de surra à procura de forma para enriquecer
só me interessa vê-la crescer
não me interessa conversa, tenho pressa e mais para fazer
manter a chama acesa, certeza em viver
não basta crer, não basta ter, nada me afasta
a desculpa está gasta, e eu tenho que ser nem que seja à rasca
eles dizem que a vida é madrasta, rotina desgasta
o azar não me arrasta, para mim nunca basta
desde puto que eu oiço que saí da casca
desde puto que eu oiço que saí da casca

na vida nunca nada corre como a gente quer
enquanto cá estiver vou dar o melhor
está na hora mas embora faça o que eu fizer
nada vai vir de graça, sem raça e suor
hoje quem te abraça, tem segundas intenções
não faço previsões espero pelo pior
o amanhã tem decisões e as minhas visões
são como emoções que me guiam para algo maior
minha força interior virou motor, esta dor faz-me andar ao redor
duma cidade vazia, que por magia eu conheço de cor
se há coisa que adoro, é este luar que me leva
que me faz ser capaz de ver, para além desta selva

[refrão]
cada traço no papel, cada bafo no mel
cada desabafo que eu atropelo
é como um elo de ligação
na comunicação a um mundo paralelo
cancelo a viagem a aragem não tem aquele toque singelo
toque singelo
é como a camuflagem desse sorriso amarelo, sorriso amarelo

[verso 2]
só acredito no que vejo, seja qual for o desfecho
não me desleixo, a vida ensinou-me
a não baixar o queixo, e se há coisa que eu não deixo
são essas bocas porcas falarem do meu nome
estou numa de matar a fome, roubar o microfone
música nos phones, vou bater o terreno
se não chegar a casa sei que ela não dorme
mas isto só acaba quando fizer o pleno
queria ser imune, ver através do fumo
o tamanho da praga, capitalismo
no céu não há vaga e o único costume
é perfumar o mundo com cinismo
vejo egoísmo, p-ssar em rodapé, essa fé a precisar de exorcismo
tenho a mesma cara desde a pré
foi um padre black que me deu o baptismo
sempre me entreguei ao rap com o liricismo que tenho
afinar o engenho, enfrentar a maré
para ver o que é que apanho
desde bué puto que eu estou move
sem cd’s, sem cachets, sem camarote
o meu norte é o meu groove e eu não me curvo a esse decote
conheço poucos cá na zona, com o carácter forte do mascote
mais de metade está no trilho só pelo brilho do holofote
mas eu vou levar a minha avante
por teimosia porque sim, eu vim na tornada
enemies know me, nunca ataquei ninguém de cara tapada
eu sei que no fim a factura vem detalhada
só estão todos afim se for jantarada
estou há anos na cultura, maquete nada
enquanto a sensação for pura, estou na jogada
não te esqueças que a vida dá voltas
por cá nada voltou a ser aquilo que era
posso sair a perder, mas eu não volto as costas
porque ouvi dizer, que há uma fortuna à espera
ou porque ouvi dizer isto e aquilo
eu prefiro um vinil, caneta papel
vou de sol a sol, a melhorar o sk!ll
só me vou afiliar se o plantel for fiel
nunca esperei por reconhecimento
tudo na vida tem o momento, o tempo que o revele
enquanto eu tabelo a bola para a frente
estou atento e sempre a fortificar o castelo

[refrão]
cada traço no papel, cada bafo no mel
cada desabafo que eu atropelo
é como um elo de ligação
na comunicação a um mundo paralelo
cancelo a viagem a aragem não tem aquele toque singelo
toque singelo
é como a camuflagem desse sorriso amarelo, sorriso amarelo

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