letra de nosso lema - subtil
(verso 1)
tentei mudar de vida
dar mais atenção à querida
ter atenção com a bebida
mas não consigo ficar longe da batida
as luzes da avenida, esta ferida não sara sem ter um beat no ouvido
resumido e eu tenho dito, contar caminho medido, fim do mês apertado, só para ser feijão cozido
trago a decisão comigo, a convicção comigo
perdido na dicção, hoje a direção é contigo
porque tipo, eu também consigo fazer esses flows da moda
flows de merda, tentar ser a exceção à regra, bué corda
só pregas mеntiras de pills e tiras, quando rimas és iguais aos que еstão à tua volta e alguém diz ‘corta’
na altura a minha mãe dizia, ‘joana, aborta’
e eu não deixei, ela nasceu, hoje é o brilho, dourada cota, para mim o que importa é ver as duas realmente bem
a canuca, a minha mãe, não há disputa para ninguém
não estou na luta pelo game, eu estou na luta pela fam, eu estou na via desde de bully e queimo
sempre a fundo, só me queimo
quando eu for para o inferno, até saltar os pernos, faltar papel para cadernos
quando acabar o mel, eu vou a marrocos a remos
sem trocos, eu junto, os putos estão com os olhos no punto
contudo, pr-nto, à mínima tratam do assunto
(refrão) (2x)
eu cá me viro no meu canto, no retiro, eu planto o que conseguir, mentir não vale a pena
chegar lá e desistir, prometer e não cumprir não faz parte da minha cena
vinte e quatro sobre sete dread, sempre a conduzir às voltas no ecossistema
até descalço, eu posso ir, dar asas até partir, por aqui é o nosso lema
(verso 2)
se eu chegar no topo, eu estou no lodo
eu divido o bolo todo, como nunca fez um gordo
eu já trabalhei o dobro, com a desculpa que sou novo
com a desculpa que nenhum deles tem o meu tipo de fôlego, nasci no ano da guerra do povo
na terra do povo, na terra das praias sem uma saia, ninguém nos ouve, há quem traia, há quem caia na história do ovo
e há quem pense que o rap dele não bate em moscovo
fala a verdade para o povo, eles é que não querem ouvir
a revolução nunca houve, aquilo de abril foi a fingir
eles querem medir talento, medir
o orçamento e eu estou mais atento ao que a tua dama quer medir
qualquer merda, é só pedir, qualquer erva vais tossir, quem me leva, é quem me traz mesmo que seja a discutir
e eles estão a rapar o tacho e eu perdi-te cá em baixo e o que eu acho ou deixo de achar, poucos vão ouvir
estou a vê-los andar de giro, cotovelos a inchar
rodeado de camelos e não os consigo fumar
está, alguém não me estigue, numa só de controlar
o que eu falo, o que eu vivo tipo que um dia eu vou mudar
nada muda e quem te ajuda, um dia cobra
um dia a cobra sente o veneno da minha pólvora
um dia acordas e vês o que deitaste fora
esse azar já não é de agora
(refrão) (3x)
eu cá me viro no meu canto, no retiro, eu planto o que conseguir, mentir não vale a pena
chegar lá e desistir, prometer e não cumprir não faz parte da minha cena
vinte e quatro sobre sete dread, sempre a conduzir às voltas no ecossistema
até descalço, eu posso ir, dar asas até partir, por aqui é o nosso lema
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