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letra de reflexos - souletivo

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[refrão]
tudo é reflexo, fazemos parte desse nexus
a busca pela verdade se encerra acima do plexo
peço, que olhe um pouco mais perto
o horizonte tá coberto pelo mar de prédio

(verso 1: heyoan)
eu já pensei saber de tudo e me tranquei dentro da cela
enjoado dessa baderna me fiz prisioneiro do mundo
eu conheci as trevas. no fundo era parte de mim
colhi meu estado zen depois que encontrei meu fim

fato isolado não, tempo e espaço dentro do peito
inverso de afobado eu to pra aproveitar o momento
crônicas, quebra-cabeças logo dizem que sem contexto
porém escute o coração ficha de “retorne ao começo”

caminho do meio pra fins necessário
equilíbrio: corda bamba pros q.i. visionário
eu to com a coroa desdo meu primeiro aniversário
vejo a kundalini subir universo ilimitado

armado até os dentes todos estamos
descarregando os pentes mas não nos questionamos
acho que isso não foi o que todos nós tramamos
capitalismo, escravidão, não deu pra nostradamus

um preto e branco unido respostas que calam o ridículo
meu vínculo é com a raiz não to pelos vício
eu grito pelo amor a cultura rua
quem não for a vida faz ruptura
trabalho de segunda a segunda…

então não me fale que não dá. vou lhe quebrar
as estruturas e te provar
que a arte é a chave, é a cura
pois hoje não chove. todos aqui mais cada um na sua
maldita ambição do homem, caos e desordem

[refrão]
tudo é reflexo, fazemos parte desse nexus
a busca pela verdade se encerra acima do plexo
peço, que olhe um pouco mais perto
o horizonte tá coberto pelo mar de prédio

(verso 2: paisha)
reflexo ou reflexão
o espelho mostra a face da minha maior missão
da minha maior ambição
ser quem eu queria e não
o que me colocaram a disposição

abençoado mente saudável flui
desmancha esse juramento mandado
pra me destruir, eu vi o mal vestir a minha carne
ousando ir pra além do meu legado, mas fiz minha parte

busquei dentro de mim a força pra erguer minha torre
de frente pro mar, as linhas são o farol que te tira do desespero
no horizonte límpido eu sou solitário prédio no morro
e deus é o porteiro

eu vi próximos se excluir
família diminuir
amigos? quantos que “tá” aqui
quantas vezes eu me perdi
já fiz minha paz se extinguir
amores também feri
quis esbanjar o que não tinha
e descontei no andorinha

eu já vivi demais, pois eu penso 10x na frente
e quando agi por impulso é que tentei viver o presente
a vida joga as peças e é tu quem monta o teatro
não vi meu pai crescer na cela mas vi o mundo alienado

e o dinheiro que alinha a vida, também vindo do lado errado
humano fraco, obediente demais
o que esperar se o celular manda acordar
e ele diz que já vai

não sei por quanto tempo vai durar esse navio chamado sociedade
mas ainda tá longe do cais
e pra eles a bordo eu sou apenas uma miragem
eu grafo isso pra minha luz durar mais…

- souletivo

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