letra de camaleão - son1 diz
– música marginal brasileira
amar é a maré
ramo que rema com rima
sem rumo num mar: inspiração
brisa da vida que vira vibração, oya
a dança que nasce na semelhança
na árvore, no arco-íris, na aliança
eu queria navegar e negava
encontrava a pretensão de expressar
sem ofender, chamar atenção, emergir
me fazer entender, pra quê? universo
eu tive dúvida em cada vale
viver sem música de nada vale
energias vitais
são fractais de sons que bons ancestrais
criaram p/ biosfera dos antissociais
eis-me aqui, numa city
que favorece a elite fascista
divide por cl-sse, mata igual regime n-z-sta
é desigual, policial reprime ativista
e o caos da desobediência define o artista
borboleta que não lembra a lagarta que era
voando com o vento sou o que meu sentimento gera
curtindo a solidão dechavando nossa dor
camaleão no vazio descobrindo a própria cor
a música cura mais uma loucura, escuta essa rima na rua da sua esquina…
-olha a viatura…
os bucha não ente que a gente só vende o que o cliente procura…
isso é música marginal brasileira, é a cura…
(manda avisar lá)
– salve, chico
(2018)
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