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letra de explora o que cura - solocura

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o barro age
conforme a maldade
desaba barragens
à beira das margens, bandeira flácida
ácidas notícias do dia a dia
enquanto eu carpia a terra sucumbia
será que um dia?
os pobres governantes, dos quais não precisávamos antes
perceberão que o maior ato a se fazer
é deixar a própria forma de ser
agir por si, apreciar e colher frutos do que há
grátis antes, agora pago
pago por todos desastres naturais dos seres idiotas
se é feito pra dar errado, é natural que tudo desabe
conforme a maldade
como se acalma jovem da cidade
tanta calamidade, a destruição está em nós
voltaremos aos pós
a partir dos pés que vieram nos pisar
aaaaaaahh! tão grande o meu pesar sobre as perdas
caminhando as veredas
apesar que, não muito antenado
que é pra eu não morrer
por imaginar logo não ter mais onde viver
pois faço por mim, mas não posso por você
se erra, também vou sofrer
não há lágrima que lave todo esse chorume a escorrer
eu choro pelo mundo, pelos cantos
os cantos esquecidos onde seres habitam
o canto esquecido dos que cantam
belos pássaros que não mais encantam
por suas asas terem sido cortadas, explorados aos tantos
pobre os barrancos, podres vamos aos trancos
me tranco, ando manco
nos trancam, pensam que (nos) amansam
pobre terra que desaba, rica és
constrói nossas casas, sustenta os pés
rica terra que nos alimenta
devolvemos pelos esgotos e escombros
quem em mãos tem poder, dá-se os ombros
nos dão rasteiras, golpes baixos
uma hora uma cratera se abrirá
finalmente saberão que o inferno é a devastação da alma
a devastação que cria o próprio ser
invés de nutrir-se de bons frutos
envenenar-se prefere
invés de nutrir-se de bons frutos…
explora o que cura, consome o que fere

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