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letra de na madruga - sigavante

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impulsionado em fazer rap, me sinto obrigado
são três horas da matina, eu ainda to acordado
escrevendo por prazer, trabalho vira lazer
virando várias madruga, fazendo acontecer
sem corpo mole, dando todo meu esforço
veio o sono!? faço um chá-mate, pra me dar reforço!
no silêncio da madruga, vai fluindo inspiração
fazendo uma ligação do espírito ao coração

no caderno gasto tinta, criando alguns versos
sem foguete minha mente vai pra outro universo
unindo versos, vou fazendo harmonia
com a caneta vou formando uma nova melodia
como um quebra cabeça, de peça em peça
sem pressa que ela estressa, tô fora dessa
tô indo devagar
com o olho ardendo, cheio de sono pra variar

bateu mais forte dessa vez pra atrapalhar
na caneca do uns gole para ajudar
a sustentar, o trampo não pode parar, tem que constar
trocando horas de sono pro horas de escritas!

mais uma noite se p-ssa, com ela mais uma track
de manha zumbificado from “the walking dead”
colocando no papel o que a alma pede
buscando inspiração nas poesia de 2pac
se pá ouvindo um reggae, um jazz, mpb ou tanto faz
o importante é transmitir todos meus ideais
ideologia na ativa, poesia na madruga
sem pederastia mantendo o foco na conduta
no caderno eu rabisco versos verdadeiros e fictícios

a luz da lua esse é meu vicio “se trampo logo existo”
os versos vem e vão, as vezes em vão
mas ralo pros meus sonhos não caírem na ilusão
trocando noites de sono por algo que me traz satisfação
escrevendo uns versos bolados pra flipar encima do beat do jão
corro atrás do sonho pois nem tudo acaba em festa
a questão aqui é outra, então vamos ao que interessa
o tempo gastado tendo uma compensação

fazendo do meu trabalho minha maior paixão
nas paredes deixo “prezas”, na rua olhares que me desprezam
na vida traço metas em uma linha reta!

dizem que deus ajuda quem na madruga escreve
eu to meio enjoado, vomitei uns rap’s
oh, a mal não me leve tô até um pouco mais leve
e fico lisonjeado quando me chamam de rapper
na folha rabisca escreve dando vida a vários verso
um gole no café de ontem e minhas verdade eu pondero
essa é a vida que eu quero!? me pergunto todo dia
pai abençoe meus verso e também minha vó maria

que disse, que eu não podia, que isso não era vida
preocupação de vó envolve toda família
não sei onde vou chegar, mas a escolha foi minha
o futuro a deus pertence, mas eu crio as minha trilha
já p-ssou das duas, nem dormi, tô acordado
lembrando das conversinha de quem dizia tá do lado
nem caiu mas nesse papo tio, vou confiar em quem!?
canoa com furo no casco não navega muito bem
então nem me venha essas hora com essas fita

se faz de inteligente, se afoga na própria saliva
posso até tá atrasado e te atrasar não facilita
tem que saber chegar e chegar sem pagar de artista
virando madrugada, tinta, folha, eu e o nada
rimando nada com nada, tua verdade na tua cara
se pá eu nem sei de nada, melhor eu ficar calado
deixa eu sair fora “quem não e visto não e lembrado”

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