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letra de soldados reais - rp local

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toda culpa carregada será um peso a mais
criminalizam as drogas pra prender seu pais
promessas de liberdade, amarraram seus pés
e o velho álcool segue liberado e faz desgraça

aqui na área, uma mãe solo, 3 filhos envolvidos
só um sobrevivente, fala isso pro teu partido
sempre foi tão conveniente, manter esquecido
o frio e a fome, o crack mata todos os dois num puxo

é como dar estricnina prum inseto cuja
a existência é limitada na cidade suja
a sua forma é rejeitada por um homem limpo
de aparência boa e os pés enfiados na merda

eles que fabricam fármacos proibiram a erva
o velho povo cria a cura numa nova sepa
sonhando em ver a criatura derrubando cercas
rompendo o sono de quem deita nesse berço esplêndido

cidade grande, a gente se sente pequeno demais
cercado de edifícios com nomes de generais
o lucro que comanda o mundo a nossa volta feroz
enquanto a criminalidade faz soldados reais

eu sou criado nessa guerra, num é que eu não queira paz
mas o samba nos ensinou a não calar nossa voz
a não morrer na fila, esperando a nossa vez
e não vender nossa cultura pro empresário burguês
500 anos impediram que se plante
a natureza deu a terra e deu a planta
o sol no céu que tras calor e ilumina
e o ser humano fez a lei e fez a bomba

a consciência acordou do estado de coma
a violência é um monstro embaixo da cama
o hip-hop toca na trilha sonora
e o rap é arma que derruba a coroa

eu sou mais um filho da norte nessa cidade partida
nesse país de promessas de velhas caras batidas
no peito onde bate forte aquela da dor da partida
nos bequinhos e vielas dessa selva adormecida

eu sou mais um filho da norte nessa cidade partida
nesse país de promessas de velhas caras batidas
no peito onde bate forte aquela da dor da partida
nos bequinhos e vielas dessa selva adormecida

não vou ser só mais um homem mediano, com seus planos
adiando, mais um ano, por ter medo
de livre ou de ser louco, ser-humano
vai morrendo pouco a pouco esse bicho que pensou ser anjo

e toda culpa carregada será um peso extra
aquele que encontrou a paz, me diga a chave-mestra
acorrentaram nossos sonhos todos num só poste
subiram muros, mas respondemos com tinta fresca
rio de janeiro, oxossi com seu arco e flexa
o ritmo do baile se espalhou por toda festa
a verdade gritando mentiras bem tua cara
pela guanabara, o monstro vaga pelas frestas

cidade maravilha, calor pra caralho
movimentações suspeitas, políticos e empresários
velhas e novas pragas, sempre aquelas caras
ecoam apenas lástimas, sangue, suor e lágrimas

toda culpa carregada será em vão
toda raiva descarregada no seu próprio irmão
cada palavra desperdiçada por insensatez
será perdoada e tranformada em lucidez

pra mim paz, pra paz vocês
guerra aos senhores de engenho
e fé

eu sou mais um filho da norte nessa cidade partida
nesse país de promessas de velhas caras batidas
no peito onde bate forte aquela da dor da partida
nos bequinhos e vielas dessa selva adormecida

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