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letra de corrimão de lógica emocional - risko

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[verso 1]
compensa ter na despensa conservas
e mantimentos em frasco de rebentos
embalsamados, são exibidos ao preço exigido
tenho agido consoante o vício, que me dá vogais e murais
e “vais” e “vens” a mais de mil e uma noites à hora
declive que descobre no final da curva o detective
atrás da sensação que a dopamina traz
dádiva que dá vida à visão desfocada
focada na versão compacta
praça da morbidez em laço
com verter do traço do pensamento
em baixo, ondе não há lógica presente
é um cadеado p’rá mente
sinto que a dúvida é quente, como as virilhas da lente
com diafragma, capta passagem, instantes
quer grames ou não
olho para cima e vejo egos no céu, e há gramas no chão
face pintada ou fase sem véu
faço com que eu pegue no carvão, e a linha treme
íntimo geme
ínfimo até sair disperso, num ponto completo
letra do regresso ao peito
rego a planta, mas algo impede
amargo no sabor do verso
fere, quando aparece bloqueio
cresce; “pompeio”; ferve e serve a lava no caderno
como o nerve e o seu inferno
como novo, eu não impero
não quero, só que me intere que, na morte deste físico
hei de estar completo
nunca me senti tão certo quanto hoje
que sou incerto nos compassos que a vida
faz por vacilar, sempre que a paciência cai
compensada pela parte que pensa
na vibe, moção da emoção em não deixar de ser
talvez, embora vá devagar
um dia chegue perto de ter um laço, através da arte
e eu…
[refrão]
escrevo pelas colinas do som
espírito são
escrevo saudade no vão, para preencher os que estão
e abraçar os que dão de
si, das folhas para o mic
enquanto a vida vai-se, neste corrimão

escrevo pelas colinas do som
espírito são
escrevo saudade no vão, para preencher os que estão
e abraçar os que dão de
si, das folhas para o mic
enquanto a vida vai-se, neste corrimão

escrevo pelas colinas do som
espírito são
escrevo saudade no vão, para preencher os que estão
e abraçar os que dão de
si, das folhas para o mic
enquanto a vida vai-se, neste corrimão

[verso 2]
não sou herói, sou apenas caracol e um cravo a disparar
até tentar tocar no sol, língua no gatilho: balas da verdade
“palavra de risco” não ofende, é perspectiva desta realidade
vista diferente, que não é mais nem menos que outra
mas quando a touca serve, mergulham fundo no ódio
montam rancor com lego
não fiques cego, mas por vezes é difícil pôr cor numa foto
com bolor, e expor o ego para não esconder o erro
aceito os meus, a compor do importante ao interior
e tu, és apenas outro a sentir esta mesma dor
ou mais doze que eu nem consigo supor
todas têm o seu valor
autor sem condutor, mete o ardor num compressor
para aumentar pressão deste rotor
até deixar de ver amor, à pressa na palma de um pintor
vives como um beija-flor
para propor a tinta do protector, mas com rigor
no pincel em cada gota de suor para dar teor ao mel
ao poro do sonhador, és voador sem viseira
sem motor, cais a pique no visor, onde o terror é tentador
traz o extintor, o fogo é locutor de um malfeitor
e o meu louvor não é pelo impostor que se finge de pastor
tinge o manto de vermelho sangue, no vaticano
alimentam gangue, e eu um dia caio num acidente
por dar palavra de frente para os portões
de quem corre com as horas no braço
e eu a cantar: “deixa-me respirar”
o mundo é barulhento
como a cave onde trabalham sem ar puro
e eu a gritar “assim não me acalmo!”
deus, por favor, da-me um estalo
deixa-me a salvo do impacto
não quero um pacto com outro só para vestir um fato, não
[refrão]
escrevo pelas colinas do som
espírito são
escrevo saudade no vão, para preencher os que estão
e abraçar os que dão de
si, das folhas para o mic
enquanto a vida vai-se, neste corrimão

escrevo pelas colinas do som
espírito são
escrevo saudade no vão, para preencher os que estão
e abraçar os que dão de
si, das folhas para o mic
enquanto a vida vai-se, neste corrimão

escrevo pelas colinas do som
espírito são
escrevo saudade no vão, para preencher os que estão
e abraçar os que dão de
si, das folhas para o mic
enquanto a vida vai-se, neste corrimão

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