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letra de boca de rima - rato54

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[letra de “boca de rima” ft. dr. caligari]

[verso 1: dr. caligari]

[refrão: rato54]
esta é nossa boca de rima
[?] esta é a nossa firma
‘tá tudo em cima, respeito é para quem tem
boca de rima, a melhor droga que tem, tem

esta é nossa boca de rima
[?] esta é a nossa firma
‘tá tudo em cima, respeito é para quem tem
boca de rima, a melhor droga que tem, tem

[verso 2: rato54]
caligari, rato54
fazemos escorrer sangue pelas paredes do teu quarto
somos o teu fantasma
diabólico alquimista
alteramos o metabolismo nunca quarto de pista
mais quentes que o inferno
temos rap a válvulas
desculpa lá se o nosso melhor é melhor
fosses às aulas
e irrebobináveis
somos os maus da fita, abomináveis
quando no sistema de som debita
de são paulo a gaia
a distância fica curta
mano esta é a nossa ganza
este é o nosso plano
deixamos-te high
deixamos-te no limbo
cali e 54 é sempre a fumar no cachimbo
no track como crack na corrente sanguínea
corrói esse tímpano como anfetaminas
esta boca de rima faz magia
nós damos brilho ao lado negro do teu dia

[refrão: rato54]
esta é nossa boca de rima
[?] esta é a nossa firma
‘tá tudo em cima, respeito é para quem tem
boca de rima, a melhor droga que tem, tem

esta é nossa boca de rima
[?] esta é a nossa firma
‘tá tudo em cima, respeito é para quem tem
boca de rima, a melhor droga que tem, tem

[verso 3: rato54]
era um freak do caralho
sabia coisas estranhas
o diabo receava que me chibasse das suas manhas
54 calado mantendo a distância
mas o diabo dava-me alguma importância
já não escrevíamos juntos
na mesa da sala
invejava a minha alma, tentava levá-la
mas eu era forte
de gaia, do norte
cavalgava de punhal em riste
em direção à morte
até que um dia, enquanto dormia
o bicho voltou
na pele de uma bela mulher que me acordou
rodeada de uma matilha de cães raivosos
pr-ntos para me roer os ossos
injetou-me no braço anestesia local
para ficar a ver a cena toda e a bater mal
amarrou-me à cama
vestiu a bata, limpou a zona de corte
pegou na faca
cortou do peito ao fundo da barriga
e abriu-me o corpo com arte e mestria
abriu o tórax para chegar ao coração
e o sangue pingava abundante pelo chão
os cães sedentos lambiam cada gota
ouvi a morte tocar flauta na mesma nota
vi cada momentos, sádica tortura
boneco de trapos, corte e costura
brinquedos de morte
dentro do meu corpo
a certeza que a história deu para o torto
cada corte, cada orgão dilacerado
cada segundo que me passou ao lado
macumba brava, bagaço e sal na ferida
paralisado e em choque, quase sem vida
deu um passo atrás e os cães fizeram o resto
para acabar assim é porque não presto, não
mas coisa ruim não morre
sobrevivi
o pão que o diabo amassou fui eu quem o comi
caminhei sobre os céus na alucinação
sentia o cheiro da cura na minha mão
a luz era cada vez mais forte
como um farol
que me levava para norte
porque lutei com tudo, é
foi o que fiz
sou o espírito, o limbo que a morte não quis

[refrão 2: rato54]
rejeitado pela demónio
a mim nem a morte me quer, não
eu peguei-o pelo limbo
neste corpo de aluguer

rejeitado pela demónio
a mim nem a morte me quer, não
eu peguei-o pelo limbo
neste corpo de aluguer

[verso 4: rato54]
sou um freak do caralho
sei de coisas estranhas
o diabo receia que me chibe das suas manhas
54 calado mantendo a distância
mas o diabo dá-me alguma importância
não escrevíamos juntos
na mesa da sala
inveja a minha alma, tenta levá-la
mas eu sou forte
de gaia, do norte
cavalgode punhal em riste
em direção à morte

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