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letra de vale do paraíba é o cep - rato e ralph

ah muleque! ao vivo sem play-back
dá o play na track, ao som do bom e velho rap
vale do paraíba é o cep
meu coração não bate, o marvado faz boom-bap!

[verso 1: rato]
mundão tá virado, é o queijo cortando a faca
com fé no meu terço, eu me fortaleço e não deixo minha mente mais fraca/
oito e trinta e cinco eu sinto a brisa da sacada, saca?!
domingo é lindo pra quem não acorda de ressaca
o incenso que purifica, a música que edifica
paulinho da viola na vitrola (fica a dica)
cai a tarde em taubaté, e quem é, se habilita
ponho o boné e vou dar um rolé, porque a voz do faustão me irrita
“ei, rato, tá sumido, parece o belchior!”
“sumido nada, tô estudando pra ser um cara melhor!”
“”cê” ainda tá na escola? tá veio pra estudar!”
“não, é que batida e rima não é matéria escolar.”
tô pique shawlin, correndo por mim, -ssim, na fé
fazendo com a própria mão e andando com o próprio pé
“cê” sabe “coméquié”, sem patrocínio de pai
se eu não correr atrás do meu, pode pá, que ninguém vai
eu continuo um velho lobo sonhador
menos impulsivo, mais observador
detecto a má intenção, como um cão farejador
de perto eu ganho a verdade, de longe eu ganho o “caô”/
muito amor e dedicação em cada canção
resgatando a essência das peladas do campão
e que toda sessão a memória seja honrada
cada tampa de dedão que eu deixei pela calçada
canto pra rua porque a rua me escuta
essa é minha verdade, mas não é absoluta
má conduta é cobrada. pra agir, tem que pensar
por isso, hoje, eu sei sair e chegar em qualquer lugar
embaixo do luar eu tomo o caminho da volta
meditando e contemplando o cenário em minha volta
boas ações nos corações, evitam as frustrações
a vida é um sopro! encha bem esses pulmões!

[verso 2: ralph]
se é rap é rap! então aumenta o som que até as criança dança
a caixa é o “pá” o b-mbo é o “b-m” e o baixo é o que balança
o jazz é a nossa herança, no improviso aprendemo
anos 90 foi uma escola em recorte de sample
um recorte no tempo, eu lembro por exemplo
99! cypress hill! los grandes êxitos!
“choco” e os loco no chafariz
geladinho do “nata” deixava a rapa feliz
domingão, beat box e violão
todos do bairro já conhecem essa lição
de geração em geração, já tive 16
2016 tenho o dobro e me sinto bem (ei!)
“respeito é lei” e mauro mateus é maestro
quem é sincero, é sincero… e o resto é resto…
pra ser honesto eu tô na saga da família
me sinto um vencedor se o olho do meu filho brilha
palavras numa linha imaginária, inspiração diária
vim construir metáforas! (o que !?!)
falava por párabolas mas poucos entenderam
fica ligeiro, sou mais um rato do bueiro
do que esses lobo tudo em pele de cordeiro
vocês são pastor? eu sou o guardião do terreiro!
um beija-flor que me “-ssoprou” essas idéia
… entenda as onomatopéia…

“boom-bap! original rap!”

[refrão]
ah muleque! ao vivo sem play-back
dá o play na track, ao som do bom e velho rap
vale do paraíba é o cep
meu coração não bate, o marvado faz boom-bap!

[outro]
é o velho rap, e o vale é o nosso cep
“velha guarda, golden era, no ouvido da galera”

“life´s a b-tch and then you die
that´s why we get high
cause you never know
when you´re gonna go”

- rato e ralph

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