letra de noite - quartel 469
[refrão]
vê-se putos em furtos em grupos de adultos
em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios
insultos partem para chutos, vagabundos vagueiam por turnos
barulhos vão-se tornando arrepios
vê-se putos em furtos em grupos de adultos
em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios
frios, puxam-se gatilhos
[bellucci]
quando a lua aparece, começa a camuflada correria
e acontecem coisas que não se veem à luz do dia
um olhar menos atento descreve isto como calma
paz e sossego, que nos relaxa e acalma
mas no escuro, nem tudo é sossegado e puro
putos esperam cotas dormir para saltar o muro
para muitos, é quando o sol se vai que começa a vida
apesar da visão do futuro não ser colorida
um mundo totalmente diferente, do que tu conheces
ganha vida quando tu te deitas e adormeces
a escuridão traz a magia que faz colar o pisto
o sítio mais bonito transforma-se no mais sinistro
quando ela vem os corações batem mais depressa
às vezes param de bater por não se usar a cabeça
entretanto o sol já espreita por entre a cortina
a fazer tempo para que ela volte e retome a rotina
[refrão]
vê-se putos em furtos em grupos de adultos
em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios
insultos partem para chutos, vagabundos vagueiam por turnos
barulhos vão-se tornando arrepios
vê-se putos em furtos em grupos de adultos
em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios
frios, puxam-se gatilhos
[relax]
à medida que o sol se vai a noite aparece e promete
quando ela acaba muitos querem rebobinar a c-ssete
porque é nela que a diversão ou o ganha-pão estão
ou porque é ela que dá adrenalina até à exaustão
então, tunnings em carros kitados vão perdendo a noção
o perigo enquanto um mendigo te está a estender a mão
nessa mesma fracção, alguém perde a razão
quando a parada é alta o clima aquece, alta tensão
há quem legalmente trabalhe das 10 às 6
ao mesmo tempo nas ruas há quem imponha as suas leis
é no escuro que reis deformam miúdas com 16
é também quando aparentes heteross-xuais viram g-ys
a escuridão transforma anjos em demónios, santos em pecadores
põe neurónios em maratonas até se foderem os motores
últimos vapores, furtos, filmes e copos
hora de recolha para muitos quando esgotaram os trocos
[refrão]
vê-se putos em furtos em grupos de adultos
em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios
insultos partem para chutos, vagabundos vagueiam por turnos
barulhos vão-se tornando arrepios
vê-se putos em furtos em grupos de adultos
em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios
frios, puxam-se gatilhos
[zulu]
do pôr-do-sol, ao cair que é da lua, a rua
veste outra cara, repara, o crime actua, sua
quem sente medo, e eu devo dizer é dura e crua
a realidade quando cai a noite escura, muda
o andamento, comportamento muda
a mente da gente normalmente pura, a rua
é p’ra quem fode e pode, quem não pode, recua!
fica na sua até que o dia venha esconder a lua
a noite traz, situações de risco, isto
é o que se p-ssa na praça, a noite vira bicho
desde a fumaça à caça do inimigo, digo
enquanto um bando gira, há quem vasculhe o lixo, isto
é triste mas isto é aquilo que nela rola
é dura e crua, dá vida, mais que uma escola
só quem se aplica tira uma boa nota na prova
e reprova quem se incomoda com o que se p-ssa lá fora
[refrão]
vê-se putos em furtos em grupos de adultos
em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios
insultos partem para chutos, vagabundos vagueiam por turnos
barulhos vão-se tornando arrepios
vê-se putos em furtos em grupos de adultos
em poucos minutos subúrbios tornam-se sombrios
frios, puxam-se gatilhos
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