letra de xote - puro suco
[intro: murica]
eia
não gostou chama o sindico
aham
[verso 1]
eu agradeço ao povo brasileiro
norte, centro, sul inteiro
onde reina o baião
eu dou um salve pra todos os maloqueiros
que sempre faltou dinheiro
mas sobra disposição
liberta o guidom
somos o que demos
somos o que temos
somos o que lemos
torrando venenos
somos o que somos
eu tô ligado
quanto menos tiver
mais eu sou dono de mim
aonde é? vou sim
no arrasta pé, facim
desde a infância os bamba de samamba
me passou as manha e por isso que eu tô soltim
fiz melodias, como se fosse músico
tô na correria, escorrendo meu máximo
eu vou com a rebeldia, sem saco pra ser súdito
cuspindo cada sílaba, pro estado cair sábado
é o puro suco dos poros, puro
bumbo no angulo, triângulo e surdo
bruxo, puxo o mundo pela pele
rap não me expele, sujo
quebrando bancos sem dar lucro
entre os puros ,sou o mais sujo
entre os putos, sou o mais puto
no dedo carrego os anéis de saturno
e nos pés liberdade repele o coturno
sobre a cabeça os aviões
sobre meus pés os caminhões
que derrubei com meus refrões
aos mc’s tenham culhões
paz
aos mc’s tenham culhões
nóis
[refrão]
hoje eu sonhei que eu tava no ipê
meu povo despreocupado sem dar laia pros auê
hoje eu sonhei que eu tava no ipê
meu povo despreocupado sem dar laia pros auê
[verso 2]
trabalhador tá de pé seis e pouco da matina
e a coragem que anda com a fé vai de encontro com a força divina
divina, esquina
passando correndo era bala, rotina
ladrão ou milico, malaco e neblina
as pipas no céu sobe cedo e vai tarde
pra casa o moleque que sonha
implica com a mãe que faz birra
e se a chinela canta ele que engole o choro
e na primeira chance ele parte pra vida
é o cerrado, cangaço
e se tu abre espaço nóis faz a bagunça
assusta o jagunço na porta da feira
e o peixe tá caro e não vale uma onça
conta quantos amigos se foram
ensino precário, quase não se formam
e ó lá quem fugiu da sala:
billabong, berma, bola um beck e pala
cala, não fala e faz xiu
quem não conhece é quem julga
filho da dona de casa é madruga
geladeira cheia, o corre da fuga
[refrão]
hoje eu sonhei que eu tava no ipê
meu povo despreocupado sem dar laia pros auê
hoje eu sonhei que eu tava no ipê
meu povo despreocupado sem dar laia pros auê
[saída]
sobre a cabeça os aviões
sobre meus pés os caminhões
que derrubei com meus refrões
aos mc’s tenham culhões
paz
aos mc’s tenham culhões
nóis
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