letra de despedida - profjam
[letra de “despedida”]
[verso]
se eu te vir na minha despedida, saberei que há
uma janela depois da vida p’a espreitar
hoje eu ‘tou num sítio onde eu nunca esperei ‘tar
perdi-me no caminho, avisa que chegarei tarde
ouve, minha missão dada foi apontar a solução
despir-te essa farda feita a carne, que ilusão
“isso é só uma parte da trindade”, explico são
mano, a geometria não mede apenas o chão
o delta aponta p’a cima
a mente e a carne não devem dominar
o espírito também pede comida
não comas a maçã ou então vomita-a
se eu as vir no quintal, fodo a seed
eu vejo no escuro como o cid
por vezes o que eu falo é: “como assim?”
‘tou a fazer o melhor p’a traduzir
pecado faz estrangeira esta língua
pecado faz da língua, latim
manda birra p’ó chão, depois brinda
lembra que o caixão não é beliche
quando a vida me fode, ela esguicha
mano, eu faço amor com essa b-tch
esquece pah, no meu protesto
não cabe o s-xo, classe, raça, ou cash
o meu progresso muda o contexto
purga o que és e o que tu pedes, cura
a rua ‘tá buéd’ escura, não deixes um dred se descurar
é que me’mo com a fé a segurar-te
há gente que se perde a explorar
eu escalei a montanha, fumei dum arbusto
que não era de cânhamo
o fumo disse-me que era o justo que ganha, que deus os tenha
eu quero a wap tipo o fetty, claro que a miúda quer ir
dou-lhe a palavra tipo clérigo, depois ya-ya-ya-ya-yaaa
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