letra de irredutíveis lusitanos - pródigo & víruz
[intro]
[verso 1: víruz]
esta é a cultura do fado, do bimbo ao marafado
do litoral ao profundo além tejo abandonado
aqui é sempre à fartazana, cultiva-se o desenrasca
agentes imobiliário especialistas em dar barraca
sangue de pirata, cientistas na nasa, tatuagens pesadas
parideiras com ancas largas
é nestas ruas, vês o meu povo português
o taxista sem licença, a varina e o freguês
a dona do puteiro, por dinheiro faz francês
e às duas por três tem juízes no xadrez
[verso 2: pródigo]
podes sofrer um rés-vés, se não trazes arnés
tens que os ter no sítio ‘pa sentir o mundo debaixo dos pés
irredutíveis na terra de aventureiros
tugas com mais padrada que calceteiros, bons fumeiros
movidos a enchidos, pulmões carcomidos
a culpa é dos vizinhos, até marrocos é um tiro
ai não que não é, só queremos meter a vida
na linha tipo camané, só preciso um lamiré
com esperança, fé, não deixamos que a sorte fuja
agarramos cada fezada me’mo à babuja!
[refrão: pródigo & víruz]
são muitos anos, sempre lusitanos
uma vida de enganos, abanamos lenços brancos
(hip hop português na área)
são muitos anos, sempre lusitanos
uma vida de enganos, abanamos lenços brancos
(mesmo assim)
[verso 3: víruz]
muito jogo de cintura, hula hulla e fé no bingo
não é preciso ser domingo para me benzer com são domingos
respeito os mais antigos, bigodes encardidos
mandam piropos às garinas e manguitos aos políticos
isto anda à manivela e chulecos de meia tijela querem
impingir-nos vinho aguado como aguarela
eu não caiu na esparrela, não me passam a perna
tou cansado de licor de merda, quero é cartuxa reserva
boas searas de erva, queimar um fardo dela na taberna
até o cachimbo tar vazio como acapella
[verso 4: pródigo]
não caias na esparrela por maior que seja a cadela
paxourra ‘pás catchorras? man, eu dou-lhes trela!
ela ela, sabe que eu não digo por mal
morenas fodem-me a cabeça, isabel queiroz do vale
fazem-me, esquecer a crise, paraíso fiscal
com carraspanas, e moças ribatejanas, manjas?
no cartaxo a fazer a vindíma, até ao porto a rasgar na bulina
évora, cidade branca que brilha, porto-covo, pescadores de lagosta albina!
[refrão: pródigo & víruz]
são muitos anos, sempre lusitanos
uma vida de enganos, abanamos lenços brancos
(hip hop português na área)
são muitos anos, sempre lusitanos
uma vida de enganos, abanamos lenços brancos
(mesmo assim)
[verso 5: víruz]
aqui é a terra de poetas, do saramago e do lecas
do homem que mudou o mundo quando passou as tormentas
hoje é casa borlesca com dívida gigantesca
promessas e tramóias deixam os tugas às avessas
fazemos a festa com o sistema e mais uns tantos
versos com bagaço estilo ary dos santos
[refrão: pródigo & víruz]
são muitos anos, sempre lusitanos
uma vida de enganos, abanamos lenços brancos
(hip hop português na área)
são muitos anos, sempre lusitanos
uma vida de enganos, abanamos lenços brancos
(mesmo assim)
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