letra de sem muita novidade - primeira audição
[verso 1: paulo pezê]
menino problema, baú de frustração
poesia anestesia as feridas do coração
busão sem condição, combustão de stress
falta de educação, ações frias e cruéis
os réus da sociedade quanto mais longe do centro
maiores são as chances de cair no esquecimento
grito periferia, paulo caucasiano
crescido onde as m-ssas crescem se aglomerando
bairro do cangaíba, só pra localizar
favela, condomínio, boy, mendigo, bingo, bar
em paz mano jabá, o peroba se foi
o mineiro na sequência, é foda, a vida não dá boi
muita bruxa, pouca fada, farda suja eleva
o ego de um porco, sem ela se torna um merda
selva onde tucanos devastaram a plantação
cagando na pátria amada, apodrecendo a nação
[refrão]
pelo valor, pela fé, meu senhor
o calor de um abraço me livra do horror
o vapor que aquece a fria cidade
onde tudo acontece sem muita novidade
pelo valor, pela fé, meu senhor
o calor de um abraço me livra do horror
o vapor que aquece a fria cidade
onde tudo acontece sem muita novidade
[verso 2: gelleia]
ontem eu tava de rolê na minha quebrada
chegando em casa da correria desvairada
desci da lotação, o clima tava estranho
tiozinho da recarga dos cartão tava fechando
tava cedo, várias vezes me salvou perto das sete
sem crédito no bang pra sair da zona leste
todo mundo meio quieto, todo mundo meio frio
a vila fantasma mostrava seu lado mais sombrio
a guarnição p-ssou bem perto numas de me intimidar
até ganhei um boininha que um dia veio me atrasar
no apet-te me abordou, nem botei fé
tava voltando da casa do rato, eu e o café
vila matilde é de onde falo, só pra localizar
um pouco distante do centro, é com nóis, pode pá
é só ficar na disciplina, abusar da piolhagem
e nada vai te acontecer se você não der novidade
[refrão]
pelo valor, pela fé, meu senhor
o calor de um abraço me livra do horror
o vapor que aquece a fria cidade
onde tudo acontece sem muita novidade
pelo valor, pela fé, meu senhor
o calor de um abraço me livra do horror
o vapor que aquece a fria cidade
onde tudo acontece sem muita novidade
[verso 3: mascote]
de rolê em bernô, do alva à vsp
no lazer no labor, sem raiva, sem me aborrecer
já p-ssei pelo laura, pelo thelma e pelo ipê
levantando umas moeda pra poder abastecer
chego na vila e a avenida para
tá o fluxo na adega onde um samba se prepara
o povo cria o lazer onde o governo desampara
a hilux com os cana joga a lanterna na cara
não arruma nada e tudo segue nos conforme
os pano da red bull aqui parece uniforme
os paredão ligado alto e ninguém dorme
motoca sem escape fazendo um barulho enorme
cheguei em goma agora vou me atualizar
uma gelada na laje pra socializar
são pedro é de onde falo, só pra localizar
onde a fumaça sobe, mesmo sem legalizar
[refrão]
pelo valor, pela fé, meu senhor
o calor de um abraço me livra do horror
o vapor que aquece a fria cidade
onde tudo acontece sem muita novidade
pelo valor, pela fé, meu senhor
o calor de um abraço me livra do horror
o vapor que aquece a fria cidade
onde tudo acontece sem muita novidade
[outro – colagens]
quem for sangue bom demorô de se envolver
de bairro em bairro, dentro ou fora da cidade de sp
nem sempre é onda, nem sempre é só maresia
-ssim é minha área, é -ssim no dia a dia
dia a dia, da periferia (gog)
mas venha na fé, você sabe como é
durma no barulho e nunca mais ficará em pé
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