letra de feirante - prí galvão
arruma a cangalha na cacunda
que a rapadura é doce mas não é mole não
e genipapo no balaio pesa
anda, aperta o p-sso pra chegar ligeiro
farinha boa se molhar não presta
olha lá na curva a chuva no lagedo
quem foi que te disse
que a vida é um mar de rosas?
rosas têm espinhos, e pedras no caminho
daqui até a cidade é pra mais de tantas léguas
firma o p-sso, segue em frente
que essa luta não tem trégua
fica na beira da estrada quem o fardo não carrega
a granel felicidade não custeia o lavrador
vamos simbora que essa estrada é muito longa
e não há mais tempo de chorar por mais ninguém
lá na feira a gente compra, a gente vende
a gente pede, até barganha aquilo que comprou
e te prometo que depois no fim de tudo
na quitanda da esperança
eu te compro um sonho de açúcar mascavo
embrulhado num papel de seda azul
pra te consolar ôh
pra te consolar ôh
pra te consolar ôh
pra te consolar ôh
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