letra de a praga - praso
[verso 1: praso]
na mesma terra que nascem catos
nascem rosas
há belezas perigosas, ilusões provisórias
a vida tem sido rigorosa
e dado a volta de forma caprichosa
não deixando de ser apet-tosa
acredito que cada um é o reflexo daquilo que emite
é bom ser único sem ninguém que nos imite
para que entendas
agressivo é o cão, não é quem educa o pit
eu prefiro transparecer calma
para que nada me irrite
o bem e o mal, eu já provei os dois
não nego apet-tes
penso sempre no que vem depois
todo o ser tem limites
e para que a mim o mal não se aplique
ignoro o resto que me provoque
e deposito o que sinto num beat
a minha veia de artista
eu não pretendo esquecê-la
viver da música
na inspiração que chegue para viver dela
mais escrevo quando desço um furo na fivela
eu só quero ver a sequela dos borrões que fiz nesta tela
sucesso a degraus, nunca quis
eu quero planícies
espaço, amor e saúde
para tempos difíceis
sem regras de etiqueta, estrelas não são vedetas
muitos só têm [?] estafetas de boates e tretas
sem grandes planos e metas
vou mentindo nas letras
copiando falsos profetas
e é aí que eu pergunto
és tu que defines a rota ou é a meta dona de ti?
já que só te mexes quando a praga chega ao teu jardim
[ponte: bk’]
hey, bk’ na frequência
salve pros amigo de portugal, certo?
rio de janeiro, kgl, mais ou menos -ssim, ó
[verso 2: bk’]
visão, ahn, ahn
eu quero milhões no bolso
foda-se os minions do bolso
hoje andando de calabasas
antes só andava no calabouço
é que tá todo mundo esperando a bomba explodir
pra ver se ela de fato explode
todo mundo esperando a merda feder
pra ver se ela de fato fede
ahn, não fode
aprendendo a dominar a dor, hum
e não ser um dominado
um ser iluminado
não ser alienado na guerra com o outro lado
tu vê quem ‘tá do teu lado, visão
o bem ou o mal, eu sou os dois, eu nego isso
beirando os 30 mas eu já [?] precipício
é que aprendi que na vida é tudo equilíbrio
então corria pelo certo enquanto corria risco
é, ‘cês quer contar nossas histórias
não quer p-ssar o que nóis p-ssou p’ra ter essas histórias
(não quer, não quer)
querem apagar nós das memórias
mas tocamos nas almas, é lá que nóis mora
é que a gente nunca morre
eu não falo de carne, eu falo de ideias
é tipo descansar do corre
depois a gente volta, hum, eu falo de férias
[verso 3: sain]
o tempo é curto, eu me viro do meu jeito
tipo a 12, cano duplo, soco seco no meio do peito
tu sabe, o que prevalece é o respeito
chapa, coisa certa é que eu procuro ter feito
meu copo meio cheio, meu olho vermelho
minha mina é a mair linda
e a minha tropa é sem freio (é sem freio, vai)
pros irmão é saúde, dinheiro (brinda)
família unida e o resto é p-ssageiro
eu tô aqui lutando p’ra justificar meus erros
álcool desce rasgando, eu tô pr-nto p’ra enfrentar meus medos
eu não confio nessa história, eu te falei mais cedo
chapa, não vem contar a vitória, ainda é muito cedo
dançar com a vida enquanto o tempo escorre pelos dedos
dançar na chuva enquanto o sangue escorre pelo ralo
rimei minha vida no melhor clima de desapego
mair deixa eu ir que eu tô sem tempo p’ra ficar parado
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