letra de uma prece às garoas - pirisca grecco
na sombra do mato seco
desencilho estradeiro
fecho e acendo um palheiro
sentindo perto o mormaço
do vapor que sai do pasto
judiado pelos janeiros
nestes limites fronteiros
onde o verde ficou esc-sso
contemplo o luto do açude
nas rachaduras do barro
um poço raso enlameado
onde a vida se findou
o gado já se apartou
campeando outras aguadas
nem a sanga canta as magoas
por que a vertente secou
secou…
os dias p-ssam sem pressa
nesse intenso verão
e tudo que molha o chão
é o suor que vem da gente
que arando a terra nem sente
que o tempo anda salgado
e todo o campo plantado
é um funeral de s-m-ntes
vez em quando alguma planta
parece que ressuscita
entoa uma prece solita
erguendo os braços ao leo
pra rebentar o solveu
que o mormaço encordoa
pra se libertar as garoas
pra se bandearem do céu
atiro as garras no flete
e sigo com céu no rosto
contemplando um desgosto
do sol entonado em brasas
e numa esperança rasa
rezo olhando o horizonte
pra que a garoa me encontre
antes que eu chegue nas casa
nas casa…
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