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letra de geografia da pele - pindorama music

[verso 1]
tenho um rio que corre nos pulsos, de água doce e salgada
o silêncio do pant-n-l e o barulho da calçada
uma prece que eu não rezo, mas que vive em meu olhar
e um futuro que ainda sonho, deitado de frente pro mar
carrego o ouro das gerais e a ferrugem da cidade grande
a promessa de uma manhã que nunca se expande

[pré-refrão]
e nesse mapa que me veste, nesse chão quе me define
há uma força quе me ergue, outra que me arruíne…

[refrão]
sou a flor que brota teimosa no meio do asfalto
o grito contido, a lágrima seca no ponto mais alto
sou o verde-esperança e o cinza da fumaça
a soma de tudo que fica e de tudo que passa
meu país é um eco que mora dentro de mim

[verso 2]
tenho o cheiro de chuva caindo na terra quente
a fé do meu povo que acredita e que sente
a pressa de quem vive com o tempo contado
e a calma de quem sabe que tudo tem seu legado
guardo a ginga que disfarça a dor que não se diz
e a gargalhada alta que me faz, por um triz, feliz
[pré-refrão]
e nesse mapa que me veste, nesse chão que me define
há uma força que me ergue, outra que me arruíne…

[ponte]
quem vê de fora não entende essa estranha harmonia
de ser festa e ser lamento no mesmo dia
de construir um castelo sabendo da maré
é um jeito torto de andar, mas se mantendo em pé
é um nó que a gente não desata, mas aprende a abraçar

[refrão final]
eu sou a flor que brota teimosa no meio do asfalto
o grito contido, a lágrima seca no ponto mais alto
sou o verde-esperança e o cinza da fumaça
a soma de tudo que fica e de tudo que passa
meu país não é um lugar, ele mora dentro de mim

[outro]
mora dentro de mim…
essa geografia…
um dia após o outro…
nessa teimosa alegria

- pindorama music

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