letra de inquebrável - phoenix rdc
[verso 1 – phoenix rdc]
aqui não há lengalenga
lendas inspiram gangsters
street [?]
uns estão na venda outros no “bang bang”
no mundo só respiram pó
cá no block, só 1 em 100 é que se orientou
brincar é no parque
street life não é easy bro
mas eu escolhi essa rotina hardcore
ter uma vida outdoor
juntei adrenalina ao suor
vim da amargura, a vida é dura
quanto mais, trabalhas, chulam
a minha mente é a minha armadura
e o meu caixão é o meu insurance
nascido e criado em bué de becos e corredores (uh)
vim de um clima tóxico, vi gangsters como mentores
os sítios de princípios perderam-se
ganharam bolor, sem títulos
currículos são processos, nos dias de hoje
shawty quer que eu mude
e que eu abandone o meu hood
diz que eu já não sou nenhum puto
prefere viver do que ter tudo
se o estado rouba, junta-te a eles
arranja um job, faz o teu papel
aceita a vida que deus te deu
“mor” já chega de [ipl?], é o que ela diz
[pré-refrão: jhessyca]
a vida não te deu uma chance
o teu mundo caiu como uma avalanche
mas agora sossega, essa vida já chega
“mor” até quando é que vais tentar bater pedra
[refrão: jhessyca]
pára, “mor” pára já, pára, pára
tens o mundo à tua volta
eu sinto a tua revolta
mas nada brilha por nós
pára, pára, pára já, pára, pára
tens o mundo à tua volta
eu sinto a tua revolta
mas nada brilha por nós
[verso 2: scorp]
(yeah)
a rua é um filme e não tem guião nem casting
por isso abraça a tua gente e tenta viver em paz, primo
tudo quer seguir em frente
mas ninguém deixa para trás o crime
em casa entra “guita” suja, tu não sais com cadastro
mais um puto quer ser thug
mas bandido quando dorme em coma
e onde não há love nem cupido, só se come cona
quero o meu canto, só quem corre sonha
vês-me a dar o sangue pelo guito
quando alguns só trazem fome à zona
na rua só eu sei com quais eu conto, não espalhes
margem da lei, no meio dos falsos
reais são poucos, não falhes
aqui é foda, tu vês paca em quase todos trabalhos
é isto ou ‘tar sem fazer nada, a contar outros baralhos
viver na noite a queimar estrilhos no charro
p’ra por uns bifes no prato
fazer à noite uns quantos quilos no carro
aqui só vais falar de quengas
ou de uns tiros no bairro
‘tou fora
só quero o meu espaço e fazer filhos num quarto
[refrão: jhessyca]
pára, “mor” pára já, pára, pára
tens o mundo à tua volta
eu sinto a tua revolta
mas nada brilha por nós
pára, pára, pára já, pára, pára
tens o mundo à tua volta
eu sinto a tua revolta
mas nada brilha por nós
[verso 3: xibi]
eu juro que quis, tentei mudar
mas não consigo chegar lá sozinho
amor tem calma que eu conheço este caminho
a mim ninguém me pára, sou bala e o meu nome é crime
a minha cara foi marcada, mas sem tinta no carimbo
eu sou a lei!
na rua sou o rei, não sou mendigo
por mais que tente sair dela, a rua é o meu melhor amigo
eu já ch0r-i!
no meio de confusões eu fui guerreiro
prefiro uma marca na cara, do que um bolso sem dinheiro
eu já sonhei!
sonhei que era doutor ou professor
quando acordei sonhei em vão, realidade aqui é outra
ou é polícia ou é caixão
realidade aqui é fome
se não tiveres uma missão
tu tens que dar valor à vida, que ela pode
ela faz o que quer quando quiser porque ela pode
as voltas que ela dá, ela só dá porque ela pode
a vida é mesmo -ssim, ela faz tudo o que ela pode
vê lá como é que ela te pode!
às vezes quando menos esperas, ela vem e pode
quando ‘tá tudo bem, ela vem de repente (pode)
a vida é mesmo -ssim, ela faz tudo o que ela pode
o que ela pode
o que ela pode
[verso 4: lancelot]
escrevi o “bros”
eles fingiram que não ouviram
que não sentiram as linhas
que incentivam uma mudança de vida
meus n-ggas
nasceram com a sina maldita de quem acredita
que a falta de guita se resolve-se em atividades ilícitas
eu não julgo… é cada um com a sua fita
eu preguei fintas no destino p’ra não cair na rotina
porque a street, hipnotiza mano, vicia mano
lucros superiores ao meu salário
então porque é que eu vivo como operário, mano?
é o que penso, mas eu não digo a ninguém
jurei mudar de vida
me?!
não me vêem lá dentro
então concentro o knowledge de rua no nó da gravata
manter a liberdade é mais difícil do que ir de cana (brother)
eu quero major moves, major deals, tipo josé sócrates
não faço estrondo, só por isso não tinha de explorar sócios
encolho os ombros, faço silêncio quando tu estás perto
eles são os homens, eu não sei nada, apenas rap…
[refrão: jhessyca]
pára, “mor” pára já, pára, pára
tens o mundo à tua volta
eu sinto a tua revolta
mas nada brilha por nós
pára, pára, pára já, pára, pára
tens o mundo à tua volta
eu sinto a tua revolta
mas nada brilha por nós
[pré-refrão: jhessyca]
a vida não te deu uma chance
o teu mundo caiu como uma avalanche
mas agora sossega, essa vida já chega
“mor” até quando é que vais tentar bater pedra
[refrão: jhessyca]
pára, “mor” pára já, pára, pára
tens o mundo à tua volta
eu sinto a tua revolta
mas nada brilha por nós
(…)
tens o mundo à tua volta
eu sinto a tua revolta
mas nada brilha por nós
[outro: maluco beleza]
“hoje vamos estar com o phoenix rdc
bem-vindo ao maluco beleza phoenix, que já estás desse lado
(…)
vamos lá então falar com o phoenix rdc
(…)
obrigado maria pela apresentação do convidado de hoje
é com muita alegria que recebo aqui, o phoenix rdc, e porquê? ele já sabe, e eu já, o publicitei de alguma forma
eu sou fãs-sso de phoenix rdc
e isto é mesmo verdade
não estou aqui a embelezar, de forma alguma esta situação
eu oiço-te muito no rádio
eu gosto de hip-hop, já consumo hip-hop há muito tempo
e não ‘tou a dizer que tu és melhor que os outros
ou que tens mais sk!lls que os outros
mas para mim, é o som que eu sinto mais
e oiço muitas vezes no rádio.”
(rádio, rádio….)
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