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letra de limbo (interlúdio) - pev

eu tinha um f-cking vício de cortar meu braço todo
planejava minha morte dia e noite sem repouso
dormindo a cada 2 dias fui ficando louco
parando de viver, e aceitando a morte aos poucos

a luz foi se apagando, fui tomado de escuridão
o vento sem a brisa e seus olhos sem a emoção
o toque do seu beijo não trazia nada de bom
e meu ultimo desejo era um ar fresco em meu pulmão
trancado em minha casa, acelerei fatal processo
autodestrutivo, loucamente fissurado nela
a dor vicia mais que fumar crack na panela
caralho que merda de mundo, eu só quero paz e sucesso

[refrão]
deixando-se levar nessa estrada morta
queimando como fogo essas borboletas tortas
mais frio que iceberg e vermelho como seu vestido
usando uma faca pra testar meu tato sem sentido

[bridge]
duas da matina remoendo essa história
quando tu olhou pra mim e disse que eu era a pessoa
passei por muita merda sem sentido na moral
encher esse vazio parecia algo primordial
[refrão]
deixando-se levar nessa estrada morta
queimando como fogo essas borboletas tortas
mais frio que iceberg e vermelho como seu vestido
usando uma faca pra testar meu tato sem sentido

[verso 2]
primeira tentativa, e o valor se dá ao mérito
o ego não dissipa, incha mais do que balão de hélio
flutua e sobe dos pés à sua pequena cabeça
”eu vou mostrar meu falso apoio e amor, eu sou um zé b-c-t-”
egocêntrico e excêntrico, fundador da falsa lealdade
a honra se desonra em um fio como eletricidade
caminhando para o inferno, digo adeus toda essa merda
a inalcançável paz causada por toda a sociedade

[refrão]
deixando-se levar nessa estrada morta
queimando como fogo essas borboletas tortas
mais frio que iceberg e vermelho como seu vestido
usando uma faca pra testar meu tato sem sentido

- pev

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