letra de vinte grãos de areia - pecaos
[letra de “vinte grãos de areia” com pecaos]
[verso]
mundo invertido
não é divertido se ver em perigo
delírio
abdico de colírio
mundo incolor
inocência acha-lo colorido
ao estalar de minha iris cansaço
nossa dádiva é o tendão de aquiles
há quilos de poesias abstratas em minha fonte
me conte o que você esconde
sensato ou covarde? a rainha e o peão
surgiram da mesma caixa
e perdem se o rei leva cheque-mate
nem tudo que pensa é o que acha
somos metáforas da nova aurora
respeito o solo da еsfera e as fera aflora
jogando os еntulhos pra fora, revigora
a água da chaleira evapora
terreno insano
propósito inverso, submerso
me lavo nessa cachoeira
uni versos pra purificar elos
e afastar essa poeira
poeta mistico
assisto o cataclisma da fogueira
exilado entre as cobras rasteiras
camaleão
adaptado a pressão da beira
em expansão
me diz
quantos são? e quantos serão quando passar o verão
talvez você verá antes que eles vejam
que tempos sombrios virão
esteja pr-nto perante a situação
cabe a ti reerguer seus irmãos, sua construção
pra que não haja destruição, reaja
lembre-se que
inspiração inspira ação
eu vejo passáros baterem asas no azul
peixes que eram anzol
cometas que sonham em ser o sol
poças criadas aonde choveu
cicatrizes ficaram, o cabelo cresceu
já cairam vinte grãos de areia
e minha ampulheta ainda não se inverteu
eu vejo passáros baterem asas no azul
peixes que eram anzol
cometas que sonham em ser o sol
poças criadas aonde choveu
cicatrizes ficaram, o cabelo cresceu
já cairam vinte grãos de areia
e minha ampulheta ainda não se inverteu
nem sempre tudo é como espera
sabe mano
as coisas não estão mais como eram
sinto que a superficie não intimida mais
e minha cabeça passa longe da exosfera
quanto vale sua inocência? minha
experiência é devido a ausência de prudência
reflexo de nossa essencia
valente perante a consciência de nossa existência falsa
por isso intimidei o caos pra dançar valsa
entendo sua missão pessoal
temporais são temporários, movidos por horários e salários
tá tudo indo tão mal
ainda não sabemos o real
sorte que sou rodeado de reais
não falo de dinheiro
papel traiçoeiro não faz o tempo durar mais
preciso de luz e um pouco de paz
mas sempre volto pro redemoinho
nascemos pra firmar laços
e no fundo morreremos sozinhos
o homem inventou o tempo
pra prender o passarinho no ninho
mais uma taça de vinho no limbo
eu vejo anjos caindo
e demônios surgindo
pessoas ouvindo e ignorando sinais
se nós não ouvirmos a voz
não saberemos que a sós entendemos
porque sentimos e vivemos
somos livros, porém nunca nos lemos
acendo um incenso, esse oceano é extenso
seguimos pequenos
o peito é barco
e nossos braços são remos
a espera de um dilúvio
pra sabermos onde iremos
pois nunca nos convencemos
embora lutemos pelo mar sereno
sem ondas fortes não navegaremos
precisamos desse temporal
vejo vários parasita no hall
loki
cada verso é ritual
então antes de tocar os outros
se toque
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