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letra de jony driver - papillon

[letra de “jony driver”]

[intro]
deus, ajuda quem se ajuda
deus, ajuda quem se ajuda
deus, ajuda quem se ajuda
deus, ajuda quem se ajuda

[verso 1]
agora é a minha vez, agora é comigo
a partir de agora eu ‘tou a criar
o meu próprio caminho
segurei no leme, meu lugar assumi
mas eu já não sigo o sonho
agora o sonho é que me segue a mim
e essa a vida não só é chorar
e eu quero chorar de tanto rir
enquanto houver sonhos p’a sonhar
o melhor ainda ‘tá p’ra vir
já nem sei bem se ‘tou a chegar
ou se eu ainda ‘tou a partir
só sei que lá à frentе eu vou descobrir
[refrão]
eu vou ter com o horizontе, vou p’ra onde a vida for
vou ter com o horizonte, vou ter com o horizonte
vou p’ra onde a vida for, p’ra onde ela for, eu vou
vou p’ra onde a vida for, eu vou ter com o horizonte

[verso 2]
yeah, depois de realizar o sonho
toca o despertador da realidade
é quando te tocas que a vida é mais que isso
e a zona de conforto deixa de ser prioridade
seja no mar de lágrimas, ou mar de rosas
continua a nadar, é a mentalidade
pois toda essa dor e até a felicidade
não podem durar toda uma eternidade
não há razão p’a ter medo do corredor da morte
só ‘tou condenado à minha evolução
e é por isso que eu luto até à última ceia
pois correr p’la vida é o plano de execução
não há razão p’a ter medo de começar de novo
e me reconstruir sobre a devastação
ceder à pressão pode ser tentador
mas levanto-me se eu cair na tentação
eu não quero viver a vida dos outros
quero voar e ser livre como um condor
tentar realizar o sonho do valete
ser o h0m- libero em todo o seu esplendor
a fé é o combustível desse motor
depósito ‘tá cheio, adoro o seu fedor
a gente passa por tudo, mas no fim tudo passa
e converte a energia o tal transformador
todos os dorsais carregam o nome
e o sangue de todos esses ancestrais
e o corpo dormente, que eventualmente
fará parte de novos corpos celestiais
esta é a herança que o criador deixou
os valores passados que valem bem mais
que todos os preciosos minerais
são lições imortais que p’ra sempre eu vou ter
[refrão]
vou ter com o horizonte, vou p’ra onde a vida for
eu vou ter com o horizonte, vou ter com o horizonte
vou p’ra onde a vida for, para onde ela for, vou
vou p’ra onde a vida for, eu vou ter com o horizonte

[verso 3]
desculpa, mas tive que seguir em frente
meu destino ‘tá traçado
agora a aventura é que alimenta este corpo discente
eu tenho caído, tropeçado
mas ainda procuro levantar como o sol nascente
fiz as pazes com o passado
e prometi ao futuro que ia desfrutar o presente
eu tenho os olhos na estrada (olhos na estrada)
tenho as mãos no volante (mãos no volante)
tenho uma vida abençoada
pois pude crescer nos ombros dos gigantes
mas agora que sou eu quem conduz
‘tou mais bem atento aos sinais e vou atrás dessa luz
para nunca mais esconder a dor atrás de pontos finais, fui

[outro]
“depois desta cena toda que eu te contei, lá decidi
ya, vou tirar a carta, andei à procura de bué de sítios
para ver, blá-blá e não sei quê, vimos uma escola de condução
que é aqui perto nas mercês
que tipo, era a melhor cena em termos de custo benefício
ya, fomos, fui lá só pedir informações, ya
depois acabei por me inscrever lá e quando estou-me a inscrever
a senhora que estava lá a me inscrever que é a dona dulce
a pedir o meus dados e não sei quê, e depois ele viu o meu cartão
assim para trás e olhou e disse:
“ah, joãozinho pereira, acho que este senhor já tirou a carta aqui”
(eeeh não faz isso) ya, essa cena foi tipo, d-mn
estás a ver aquela cena do tipo— (e sabias que tinha sido lá)
não só sabia que—”
“o pai diz que eu só como cago e dur—”
“se eu morrer, isto é para sempre, se eu mo—”
“estou parado no tempo, já nem faço anos”
“passaram o testemunho ao filho sucessor”
“eu queria ser como o meu pai”
“sou homem não generalizes”
“pai que estás no sky, dá-me só o que eu não posso ir buscar”
“o meu pai diz que não me quer como colega de trabalho”
“e pr-nto, penso que já disse tudo o que tinha para dizer
e que tu já ouviste tudo o que precisavas de ouvir
aah, e tiveres alguma dúvida, força
mas o que eu queria mesmo era poder ouvir a tua história
mas agora diz-me tu porque é que estás aqui?”

“ok, porque é que estou, mano? sei lá
eu acho que isto começou quando eu era criança
devia ter p’raí quatro cinco anos
inocente mas já cheio de coisas na cabeça, ‘tás a ver?
lembro-me de estar no carro do meu pai a brincar
com um carrinho, alguma coisa assim
e naquele dia não sei porquê—

- papillon

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