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letra de sede de vingança 2 - papamike

[letra de “sede de vingança 2”]

[intro]
minha quadrada é minha espada nesse coliseu moderno
minha quadrada é minha espada nesse coliseu moderno
minha quadrada é minha espada nesse coliseu moderno
igual fênix, renasci das profundezas do inferno

[verso 1]
quatro motos modificadas, placas adulteradas
seiscentas cilindradas pras mortes encomendadas
covas vão ser cavadas, quatro vidas a ser ceifadas
oito armas com rajada, oito fantasmas na calada da noite
entre neblina, planos em um porão
onde a luz não ilumina, amigos da escuridão
de uma vida de perversão, dominação do mal
são homens transfigurados pela guerra, pelo caos
normal, são cicatrizes em países que o governo
exporta suas raízes, matrizes sem meio termo
e a falta de esperança transformam em alvo
os agentes de segurança que só querem voltar a salvo
pra casa, isso é o início da transfiguração
de ser caça ou caçador, sem ter outra opção
você causa ou sente dor na realidade que eu consto
faz as trevas ter valor na criação de mais um monstro
imaginem se não houvesse a certeza de conferência
de atentado aos pms que agem na transparência
a última barreira existente entre uma guerra civil
são os guerreiros no brasil que cobram com um fuzil
máscaras de ceifeiro, correntes pelo pescoço
sem medo de ir primeiro, saídos do calabouço
o seu pior pesadelo são aqueles tão destemidos
que trocam tudo na vida pela honra dos amigos
[interlúdio]
você já perdeu
‘cê vai morrer
na cara não, chefe, pra não estragar o terno
o quê?
o velório
na cara não pra não estragar o velório
dá a 12 aqui
na cara não!
-barulho de engatilhada e tiro-

[verso 2]
perdidos sem ter remorso, são ossos desse ofício
falidos pela fazenda, nos fossos do precipício
não matam por encomenda, fazem isso por vício
cuidado com as oferendas que podem ser o sacrifício
pensamentos me perseguem, junto a dor de cabeça
cada vez ela dói mais pra que meus alvos não esqueça
tenho seus endereços, rotinas, seus esquemas
conheço cada linha desse plano e suas cenas
projéteis no meu crânio trouxe um ódio tão interno
por isso, eu renasci das profundezas do inferno
a sede de vingança me fez fugir do pandemônio
trouxe o tridente de brinde, troquei soco com o demônio
atacaram na trairagem, na minha frente estão chorando
implorando pela vida e meu time os ignorando
dizem ter família, eu também tinha, não esqueça
que eu quase perdi tudo quando me acertaram na cabeça
feriram uma serpente, deixaram pelo caminho
eu aguardei, rangi os dentes com veneno no canino
o ódio me tornou paciente sem psiquiatra
com face de frankenstein, agressivo feito um primata
maestro feito sinatra, eu componho a execução
das minhas quatro sinfonias, projéteis são percussão
requintes de crueldade não era minha intenção
quando eu tinha identidade e não era uma aberração
criaram um monstro com rage de anabolizantes
semblante de questão, carcaça de ignorante
sorriso maquiavélico, bélico nas mãos
cbc, o calibre 12 ou fuzil é a questão
que eu tenho que decidir, melhor, pode escolher
de fuzil ou cbc, escolha como vai morrer
essa cena dá pra escrever em livros de stephen king
king kong de cbc, na escuridão o seu ringue
achei que sentiria paz depois do ritual macabro
o ódio só aumentou e a fome de mais estrago
quatro execuções que, para a perícia, são latrocínios
o começo do final, início do grupo de extermínio
[saída]
eu sou o efeito colateral de ataques contra policiais
eu sou o efeito colateral da corrupção e da má gestão pública
eu sou o efeito da impunidade, eu sou o bem e o mal, hahahahahahahaha
hahahahahaha

- papamike

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