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letra de ablepsia - ¢onsense l

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sobre as 4 rodas vejo lâmpadas de mercúrio p-ssando, correndo e eu sentindo o vento
percebi desajustado o quanto muda de estado nas ideias desabrigadas vejo rostos embriagados
cercados de laços mais fortes que aço prendendo o pescoço até livrar do esboço

dos euros sem neutros, ganho ou perco dinheiro?

não vejo a porra do asfalto, será meu verdadeiro embate deixar para mais tarde?
click clack, pedra e pause, a fumaça arejou e a miragem voltou, tanta paz em menos de 5 segundos
tanto caos volta em 5 segundos, talvez a verdade seja a desculpa talvez a mentira seja a pedra que fuma

descritas em enigmas para morte ela é benigna, para sorte parece perdida para vida parece vendida
ah, mas sou só uma pessoa cercado de pontas de lança e incertezas que só me balançam
e a m-ssa cefálica anda cansada dentro busão

devaneios degradados, sentimentos pareados por aparelhos rasos
na janela embaçada

numa sala branda e em branco, olho as paredes e sempre há, são 4 enfeites dos vazios que sempre ecoaram
vácuos, existencialismos perda de estimulo do quadro que em vermelho foi pintado
sob o skate olho para as luzes do aquário, fora do páreo onde jogam sobras no aquário

e nas ruas mendigos e os ensinamentos gratuitos ignorados pela grande m-ssa apressada
que se arrasta pelas avenidas e calçadas, há desgraças e a fome organizada camuflada por olhares já cegados
vendaval, a venda veio e o temporal que já nasceu arrancou toda a sua revolta que padeceu sob os corpos depenados

sensações parecidas com a ambígua dissertativa do que é ser e viver para ser feliz
tão cansados da correria desses páreos, desfaço os laços mas acabo enforcado pelo ser
tão conformado no seu aquário

- ¢onsense l

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