letra de grito de liberdade - omnira
um grito de liberdade rasgou minha garganta
braços forte não suporta mais algemas
omnira canta!
e meu orgulho de ser quem sou te fere
não sou morena
sou a negra
tira sua etiqueta da minha pele
favela acordada não se cala mais
e o povo quer o poder
protagonistas sociais
protagonismo social!
e rolezinho no shopping -ssusta os terno preto
agua com açúcar pro sujeito
que ataco e ataca com os preto
pela mãe, pelo filho, os irmãos, a história
do lado de fora, figurante na bota não mais
quero mais identidade, orgulho
os ‘mic’, autor, ir e vir me -ssumo
mulher negra livre, esta aí o revide
não me curvo, rio turvo, sp das vitrines
da carne barata, da farda, das armas
do punho pra cima
do gueto, a chegada
navio negreiro aportou, te -ssutou
cadê as algemas?
alforria é tua
o que é teu? é teu!
e pensa o burburinho que vai ser
quando a emissora chegar
audiência pra ele
não é ‘nós’ que vai dar
falabela de mãos sujas
negras quer mais que s-xo
que sucesso, progresso
estereótipo, tais regressos
com os punhos cerrados de dandara
resistência da bruxa, na fogueira foi queimada
com a força de maria bonita no cangaço
armada até os dentes, pr-nta pro arregaço
a liberdade cantou da alma
como um rugido feroz coloquei pra fora toda a raiva
a raiva da opressão, a raiva dos opressores
hoje meu grito é mais forte
mais alto que seus padrões e falsos valores
a mídia não convence, a moda não me monta
revista não me ilude
minha identidade ninguém compra
desço o pé na porta, pr-nta pra apanhar
e pra bater
minha luta diária e por mim
por você
quebre as algemas, ‘estraça’ lhe os grilhões
grite liberdade com todo fôlego dos pulmões
não deixe de abater
a vida é um jogo e jogamos pra vencer
a babilônia esta aqui
e eu louca pra derrubar
os demônios estão soltos querendo
querendo se exaltar
omnira canta e encanta
sabe quem some e quem trama
vai a luta e não se cansa
estamos juntos na aliança
pra implantar a liderança
o futuro, as crianças
a ganancia destrói a herança
libertação do cativeiro
revolução com gasolina e isqueiro
bateu forte o tambor, jana d notria acordou
levantou do seu profundo sono da morte
aquele momento mudou toda sua sorte
olha o p-ssado e não gosta do que vê
imputada a apanhar pra valer
nas mãos dos seus senh0r-s sofrer
servir famílias
ter lembranças de país e irmãos
que nunca vira conhecer forçada pagar por pecados
crimes que jamais cometeu
ela se põe firme na terra
contempla campos verdes
seca o rosto, não mais choro, levanta a cabeça
admira o céu
pássaros cantam
a esperança veio a mulher buscar
não mais silêncio, minha voz é o meu poder
os haters vão ver
atravessa a linha da oportunidade
seus sonhos pega de volta
e lá vai ela realizar
a liberdade cantou tocou o infinito
no universo de justiça agô
chegou rainha nagô, abriu caminhos que ecoou
ao som nagô
nossa rainha se coroou
poder gostar do ouro, não mais chicote no couro
canção de esperança hoje ela canta, dança
luta, black panthers
papéis, notas e poder, poder, poder
planeja a vingança del
refrão final
me libertei no dia que descobri quem eu sou
sou um grito da minha mãe
um dos muitos que ela gerou
sou a dor do amor sem pudor
eu sou o que sou
livre, livro e leve levante levando cor
treze e flor despertou, acordou
luta, lutou
caixa, bumbo, murro, prosa
rap de tambor
eparrey, iê iê
e a base inspira ori
a voz ecoa longe
faça se ouvir
da senzala se exala, o odor da batalha
da negra amarrada, torturada, amordaçada
cheio de garra
um sorriso negro, um abraço negro
os meus olhos negros!
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