letra de memória de um ser normal - o marta
vejo pela tua memória o que foi que fizeste já não me levas a fazer crer
vejo pelo tempo que passa a vida que traça a força que me faz ser
já não quero ser o teu, efeito no canto da casa
vou descolar para terra, aterra no chão que me parto
já não há memória que me mate
será que aterra no meu sapato
era fardo meu, dor que passa
dói se for passado
que o presente está estragado
não me lembres o que é futuro
quem sou eu se nada dói
amanhã de manhã irei de partida
para um porto que me traga o meu amor
voltarei a não saber o que me faz voltar
terra aterra sobre um mar de sacos
não serão os peixes garrafas de plástico
já não sei sobre o mar onde me arrasto
serei eu uma máquina que agarra a sardinha enlatada na minha lata em ser lambão
dói se for passado
que o presente está estragado
não me lembres o que é futuro
quem sou eu se nada dói
e o presente não está ausente, está adiante à tua frente
e o futuro é o teu amor, mas está estragado e não há melhor
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