letra de difamado pt. 1 - nzamba kabedy
[verso 1]
sou apenas um griot correndo para a morte
se ouves esta história é uma pura sorte
sangue dos manos da senzala está em mim
e quanto mais penso, corro, vejo que isto não vai ter fim
fui acusado por ter excesso de melanina
e quando olham para mim pensam que sou um fraca firma
pernas do bolt feitas pra correr
se quero sobreviver talvez até comer
policiais estão tipo senh0r-s do engenho
‘tou tipo dá-me madeira que eu empenho
dá-me ouro que eu te vendo
estou tão sedento para acabar com este sofrimento
[refrão]
habeas corpus sê amigável
não sei se o preto nota-se no meio do clareado
se todos fossem a isabel estaria tão prateado (x2)
[verso 2]
preto no branco e sou odiado
branco no preto e são condecorados
pelo speed flow e falta de vocabulário
misturando poesia com boom bap
mas não sou genérico ao ponto de só fazer rap
espaço pequeno mal consigo respirar
‘tou tipo mandela e fico na cela
com medo de conspirar
a observa a sequela
do mundo a acabar (x2)
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