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letra de luanda dreamin' - nómada

[intro: nómada]
yò
luanda minha cidade
te amo bwè
esse som è pra ti
escomba
lets go

[verse 1: nómada]
è mais um dia na cidade de luanda
oh como eu tou a sorrir
faz me pensar todos dias
o que è que tá pra vir
o que o futuro reserva
onde eu vou suc-mbir
meu bairro do escombatentes
eu nunca vou fugir
acordo tarde 15 e meia
e ja tou na via
e vejo cambas do prèdio
que há tempos já não via
minha camba yò
me gostava mas hoje já não liga
no tempo não quis ter nada contigo
foste amiga
tenho que bazar no brò [?] depois de bambuluá
a muitas damas na escola
que temos de mágua
damas nos tempos eram onça
tipo a juma maguá
eu ponho água no escomba
sò para não aguar
wis que se armavam em bade
tipo o bro [?]
naquele dia dei carrinha
quem è que se armou em mau
bro [?] me olha e disse
wi vai te dar tatau
my n-gg- eu tava strapped
num tás a ver o pau
ah hum
e eu tou sempre preparado {yeah}
luanda è mesmo -ssim
tu tens que tar sempre equipado {yeah}
sebem que naquele tempo
um gajo era buè bardeado
casaco durante o sol
calça que chove tou lixado
mas mesmo -ssim
a minha banda sempre me respeitou
mais arredores
são paulo um gajo visitou
no kinaxixi com o [?]
um gajo já bazou
tem tantas cenas na vila alice
que se p-ssou
saudades de ver o pôr do sol
no oitavo andar
saudades de ver
a [?] e o [?] a lutar
saudades de ir no [?]
com o [?] a acompanhar
saudades do prof [?]
no tempo a me gritar
xeee?
luanda eu tudo te devo
minha felicidade
a minha infância
eu te devo
ès tipo uma dama que ta longe
entao te escrevo
pra futuras gerações como è que eras
eu descrevo
saudades do tempo de estudo
com a minha irmã [?]
e de tirar o uniforme engomado do cabide
nos tempos tantas loucuras
bandidos dão kibide
e de ligar a tpa e -ssistir ovide
no tempo quando era dezembro
era loucura total
cidade ficava tipo um mês de carnaval
em todas bandas que p-ssas
tem lixo no local
isso era tempo de cucas
e de entornar nocal
descendo o predio
eu adorava fazer um role
com a minha montana
eu adorava antes de lhe perder
o wi que roubou
foi por pouco que ele escapou morrer
caiu com a bina na casota
foram lhe socorrer
subindo o prèdio
eu adorava ver o meu bro ladi
vivia no tempo no primeiro
com seu irmão dadi
os tempos que nòs jogamos salão
eu nunca esqueci
quando vendia-mos a bola
eu nunca te esqueci
saudades das damas
que atiçavam quando eu fosse lá
lá na banda do evandro
eu ainda tou a lembrar
tinha açucar essas damas
gostavam de brincar
e sò gostavam colègios
o resto deixa estar
e foi -ssim o meu ano
n-gg- de 2002
no tempo não fazia ideia
o que eu seria hoje
luanda a minha banda
vê sò aonde me pòs
luanda ontem e amanhã
luanda tambèm hoje

- nomada

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