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letra de cheira-me a avante - na run

[refrão – gluton]

cheira-me a avante, dias numa tenda
solitário barricado, -ssim não pago a renda
(2x)

[verso 1 – na run]

falta-me de facto, fatos por encomenda
não abro a janela, a rua tá cinzenta
as nuvens que sigo em direção ao teto
não vai desabar enquanto houver afeto
por enquanto sou eu o neto
vejo-me de outra forma, a gozar a reforma no meco
conduzir um carro de alta cilindrada
tudo nesta estrada já esteve mais perto, como tu estiveste
o amor é uma peste (negra), cor dos teus cabelos, cor de luto
encontra-me daqui a um minuto perdido no consumo, sim eu -ssumo

[refrão]

[verso 2 – indian man]

eu também queria um fato por encomenda, uma dama de renda
e que eu não pague a renda
a rua está cinzenta ou cinzento escuro, preciso de ar puro
tou a ficar maluco
eu quero sempre sempre mais sou um ser humano, homem indiano
aponto o cano mas são balas de rimas parva
achavas que eu tinha uma arma? e tenho
a voz é a minha arma, arma é a minha voz
não tou a fazer por mim, tou a fazer por nós
qualquer dia tou na nos com o fone no ouvido
não sabia que o meu curso era para isto (ahah!)
tou-me a rir não devia secalhar, secalhar até devia já tou farto de chorar
agora com ironia encaro a vida com um sorriso
p-sso, comprimento e ainda mando um improviso
na run diz-me se tens o que é preciso pa gravar um som
a beber don simon a imaginar möet chandon
a imaginar latinas ou garinas doutra cor
desde que eu possa pagar o seu valor

[refrão]

- na run

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