letra de honra e orgulho - mundo segundo
[intro: excerto do poema “num meio-dia de fim de primavera”, de alberto caeiro]
é esta minha quotidiana vida de poeta
(…)
e que o meu mínimo olhar
me enche de sensação
e o mais pequeno som, seja do que for
parece falar comigo
[verso 1: mundo segundo]
a história começa algures em gaia, reis do submundo
padrinho pioneiro, ace o primeiro, mundo o segundo
orgulho e respeito tatuado dentro deste peito
amo o que faço e nunca esqueço o que por ti foi feito
sempre me deste a mão e até roupa do corpo
passaste-me o orgulho e a honra dos mc´s do porto
somos mentalmente fortes, distintos e altruístas
graduado com 20 na melhor escolha de liricistas
quantas tardes no piso? quantos passaram lá?
todos sentem o que somos e até os que não são de cá
nós somos transparentes, dá para ver através
só queremos saber se o que escreves condiz com o que és
aqui mentira não tem passo, é barrada à entrada
muitos não podem connosco, a explicação ‘tá dada
somos homens de palavra, com devoção e fé
e mesmo que a casa caia não arredamos pé
[refrão: ace]
nova gaia, invicta, para sempre a representar a nossa gente
o que fomos somos e seremos p’ra frente
no passado construímos o presente
até ao futuro, com honra e orgulho
[verso 2: ace]
uma cigana um dia viu nas linhas das minhas palmas
o mapa das cidades na quais inspirámos almas
minhas artérias são as ruas onde a honra fala
quando o conceito é respeito, respondes, “bate pala”
sei que ensinei, sim, mas sei que aprendi
também sem essa lição não há quem consiga que alguém siga o bem (oh)
foi o que tentei quando entrei no piso mudei por dentro para ser exemplo, reguei a s-m-nte e disse ámen
porque vejo os frutos do esforço, sinto o produto que é vosso
ouço tributos no assunto, topo os meus genes, pai nosso
se o usufruto é dos outros o estatuto é do próximo
se o primeiro é uma lenda logo é o segundo que endosso
não é à toa que me chamam padrinho
significa que mesmo a solo eu nunca ‘tou sozinho (ah)
não é vã esta glória, é invicto o orgulho
quando nos vires a pisar palcos “façam barulho” (po po po)
[refrão: ace]
nova gaia, invicta, para sempre a representar a nossa gente
o que fomos somos e seremos p’ra frente
no passado construímos o presente
até ao futuro, com honra e orgulho
[verso 3: mundo segundo]
não importa onde vamos a história fala por si
rua da frente, rua de trás, tudo começou aqui
primeiros murais ou passos de break na velha estação
pisado tentava um moinho no cimento sobre o cartão
sempre de rádio às costas, que amor indiscritível
o ace deu dicas, em cassete, para subirmos de nível
a maior escola de b-boys já era em gaiolin
o homem sonha a obra nasce, sempre será assim
as rodas de improviso, lá no 2º piso
com nuvens de fumo daquelas de perder o juízo
não tens o que é preciso? aqui tens ferramentas
aqui ninguém encheu o saco, só mesmo sebentas!
criaturas sedentas o orgulho da cidade
deixamos obras escritas p’ra toda a eternidade
honra e veracidade, este é o povo nortenho
não sei para onde vou, mas nunca esqueço de onde venho
[refrão: ace]
nova gaia, invicta, para sempre a representar a nossa gente
o que fomos somos e seremos p’ra frente
no passado construímos o presente
até ao futuro, com honra e orgulho
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