letra de 24/7 - moços do bêco
[verso 1 – moniztico]
24 sob 7 no meu pensamento
a corrente do rap não me sai da ficha
eu disse que o meu flow é fat, isso é mal o menos
a sh-t é que diz-se o mesmo da…click
nota que eu trabalho p’ra…
chegar ao pedestal dos que ‘tão a beijar o topo
até que a música me acompanhe ao altar
e o padre sucesso mande que ela beije o noivo
eu ‘tou tão obcecado
que o doutor ordenou-me descansar e receitou ritalina
eu fiz direta e fui p’ro estúdio trabalhar
porque a meta é que isto um dia dê receita vitalícia
tenho a fan base toda a -ssumir que veio-se toda
a pensar em ouvir o novo som dos moços
se eles são 10 ou 11, conta, é aos outros que isso importa
como se houvesse um número mínimo p’ra prova dos 9 (corre!)
a vida p-ssa fast e o nasty factor disse no spot dos grog
que metade da sorte exige o dobro do suor, não há logro dog
o único segredo é manter o foco e work, work, work
por isso acordo às nove, vou ao gym
tenho ensaio, mal almoço, vou dar aulas
vou pro estúdio com o cross, tenho o clip
tenho o hook, tenho um truque
é que eu quanto mais sonho menos durmo
24/7 nesta sh-t(2x)
moços do bêco(7x)
[verso 2 – zlátan]
24 sobre 7 nesta pugna g
como se o fardo da palavra me estivesse a perseguir
eu sinto-me tentado a tocar o céu
como se o beat entr-sse em mim
tipo ironia do destino, eu noutro sentido a sentir
o peso do discurso
que prefiro espalhar e dissecar ao invés de me oprimir
apanha-me em contrapé ou vê-me de antemão
a fazer poesia ao relento
tira-me dos planos, risca o meu nome das listas de monstros
que bazam mal bate o vento
eu ‘tou a viver sem açaime, eu vou criar a tendência
(ya ya, ya ya)
o resto ‘tá em marcha à ré, eu só vejo decadência
(ya ya, ya ya)
[verso 3 – bag]
eles podem matar-nos, não podem calar-nos (2x)
é só p’ra quem cá está, não sabem que a pasta
não compra os meus sonhos, eu como o que eu colho
e o money não traz love
eu canto e componho, nesta sh-t, 24/7
tu queres lutar mexe-te
queres vingar, cresce!
e se tu pensas
que há margem p’ra falhar
ou faltar ao fardo que eu trago aos meus ombros, pára!
eu sou atlas, sou moços do bêco
o mundo é o meu templo, então contemplem-me!
[verso 4 – zlátan]
trazer vícios em vídeos, palavras e beats
dia após dia a evolução é notória
tatuar o nome dos moços do bêco na epiderme do rap
isso é fazer história
temos estado trancados, focados
a sina do tempo aguça o nosso temperamento
temos sede de glória e nessa merda eu nunca cedo
com os moços na luta eu nunca temo
[verso 5 – moniztico]
só nos sonhos há o poder de acordar um homem
há quem finja que vive, é um flagelo
não há nada a prender-te (vive, sê)
digo, eu corro contra o tempo p’ra não dormir com ele
penso que compensa a crença imensa
traz o mundo e a gente contenta-se
não…traz o universo
esquece, a gente vê-se na meta
[verso 6 – bag]
há lemas que são escritos em contratos
revistos de trás p’ra frente
com trajes de quem não sente a arte
e consente o desleixo da mente social, então sente:
é um pretexto p’ra vingar quando isto é a tua vida
fascina-te com as histórias que ficam dos mitos
que a glória faz viver p’ra sempre e acredita
que os moços do bêco têm a voz de mil ídolos!
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