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letra de black box - mk(prt)

[verso 1]
eu não sabia que numa linha tinha soluções
de onde eu venho muitos escrevem pelas condições
um mundo diferente, sem ‘senões’, eu vi nas expressões
agora é tarde para voltar, estou preso a ligações
sou viciado, aliciado, a articular razões
no meio de bafos e desabafos, ouvi confissões
mesmo à desgraça, numa graça, ensinas lições
onde esquinas, são rotinas, com composições
são elevadas, moldadas, criadas citações
no improviso, onde еu siso, as minhas ambições
não há maneiras, fronteiras, vivo sеm medição
e querem levar a minha arte, a ter posição
desilusões sem noções, não pensa em comissões
para combatentes inocentes, raps são orações
“até tens jeito para cantar, devias ganhar tostões”
e não percebem cada linha, todas emoções

[refrão]
eu ‘tou sem tempo pa’ lidar com tanto paradox
é que todos querem apanhar a minha black box
modificá-la, mudá-la, torná-la jukebox
eu sou do tempo que as moedas não davam backs soce
por isso à pala de uma gera, eu fiz boom box
pa’ numa era virar fera como os boombox
caligrafia é o meu afia e não me fui à box
por isso eu faço karaté, enquanto o beatbox
[verso 2]
senti completo afeto e fui direto ao pote
palavras são manifesto, eu não atesto o flop
numa batalha destravei e disparei a glock
levou-me a ter um pensamento, como o black thought
tempero, eu quero, lidero, impero, libero o drop
supero o zero, pondero, no bot, eu oiço o bob
se não for interno, eterno, a minha rima morre
assim eu gero, sincero, para que é que eu quero um top
prefiro meses atraentes e não ter correntes
de transparentes a transcendentes, serão eminentes
estarei nos becos, onde medos, revelam segredos
onde graffs, como cravos, cantam nas paredes
são resistentes, atentos, momentos, não ostentes
e não interessa o que temos, valemos os costumes
ensinamentos nas ruas, parecem classrooms
visão alterada bacano, eu ‘tou em mushrooms

- mkprt

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